Vem aí mais crise e só o Governo não acredita nisso - TVI

Vem aí mais crise e só o Governo não acredita nisso

Não se sabe se é pessimismo ou excesso de optimismo, mas a verdade é que olhando para todas as previsões para a economia portuguesa o Governo é, de longe, o mais optimista

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À excepção do Governo, todas as previsões apontam para uma recessão em Portugal no próximo ano. Também no défice público o executivo é o único a manter a meta dos 4,6 por cento para 2011. OCDE, FMI e Comissão Europeia esperam que a derrapagem orçamental ultrapasse esse valor.

Não se sabe se é pessimismo ou excesso de optimismo, mas a verdade é que olhando para todas as previsões para a economia portuguesa o Governo é, de longe, o mais optimista.

E logo nas estimativas para o crescimento económico. Isolados, Sócrates e Teixeira dos Santos são os únicos que acreditam num crescimento, ainda que ligeiro, no próximo ano. Todas as outras previsões apontam para a recessão: 1 por cento, de acordo com a Comissão Europeia; 1,4 por cento para o FMI; e a OCDE, não sendo tão pessimista, ainda assim antecipa uma queda ligeira do PIB de 0,2 por cento.

Quanto ao défice público, para o executivo é ponto de honra chegar aos 4,6 por cento de deslize orçamental em 2011. Mas, quem olha de fora para dentro tem menos certezas: a Comissão Europeia espera que o défice supere esse valor; o FMI e a OCDE vão mais longe e estimam que a derrapagem das contas públicas chegue aos 5 por cento.

No desemprego, a mesma diferença: a Comissão Europeia espera que a taxa ultrapasse os 11 por cento; a OCDE piora a expectativa, para os 11,4; a perspectiva não é tão negra para o FMI, que prevê um desemprego de 10,9 por cento, ainda assim uma décima a mais do que é esperado pelo Governo, que, mais uma vez é o mais optimista.

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