Comitiva europeia para a crise: «Portugal não precisa de ajuda por agora» - TVI

Comitiva europeia para a crise: «Portugal não precisa de ajuda por agora»

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Eurodeputados saem hoje de Portugal bem impressionados e convencidos de que o Governo tudo fará para evitar resgate externo

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«Portugal não precisa, por agora, de ajuda internacional». Quem o diz é o presidente da delegação da Comissão Especial do Parlamento Europeu para a Crise Financeira, Económica e Social, uma equipa que está em Portugal esta semana e que segue para Espanha.

«Há forte suporte à posição de que Portugal não precisa por agora do apoio internacional», disse o eurodeputado alemão Wolf Klinz, numa conferência de imprensa na Assembleia da República, citado pela Lusa.

As declarações do eurodeputado surgem em reacção ao resultado do leilão de obrigações a 4 e 10 anos, realizado esta manhã, onde foram colocados 1,249 milhões de euros, com elevada procura e juros mais baixos que no anterior leilão, no que toca à maturidade mais elevada. Para Wolf Klinz, isto demonstrou a «confiança dos mercados» em Portugal.

«Hoje foi um bom dia para Portugal»

Também para o eurodeputado austríaco Othmar Katras, que integra a mesma delegação, considerou que «hoje foi um bom dia para Portugal».

A visita de dois dias a Portugal da delegação termina esta quarta-feira. Os eurodeputados tiveram uma agenda intensa, com reuniões com membros do Governo, do Banco de Portugal e banqueiros. Esta tarde, os eurodeputados têm um almoço com os parceiros sociais.

Já em jeito de balanço, Wolf Klinz afirmou que sai de Portugal com o «sentimento de que os governantes estão determinados a resolverem a situação por si mesmos».

Leilão de hoje não é garantia para o futuro

Ainda assim, o presidente desta delegação lembrou que os mercados são voláteis e que será difícil projectar o seu comportamento no futuro mas reiterou que Portugal pode passar ao lado de uma ajuda externa se o Governo conseguir executar as metas que definiu.

«Se as medidas que o Governo decidiu implementar provarem ser bem sucedidas, é um bom sinal para os mercados», reiterou o responsável.

O eurodeputado fez questão de sublinhar a diferença entre a situação de Portugal e a dos outros países já intervencionados, sobretudo da Irlanda, referindo que em Portugal os bancos «não têm activos tóxicos» e que o problema de financiamento dos bancos resulta da fragilidade das finanças públicas.
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