Pedir ajuda externa? Só quando formos «encostados à parede» - TVI

Pedir ajuda externa? Só quando formos «encostados à parede»

Eduardo Catroga em entrevista no TVI24

Economista Eduardo Catroga acredita que ainda há uma margem de manobra e que o recurso a ajudas externas não é uma hipótese a colocar agora

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Na opinião do ex ministro das Finanças, Eduardo Catroga, «o recurso (de Portugal a ajudas externas) só se vai pôr em questão quando formos encostados à parede». No entanto e afastando para já essa hipótese, Catroga diz que, «ainda há aqui uma pequena margem de manobra».

«Não há dúvida que estamos sob pressão dos mercados, há segmentos desses mercados que querem ganhar muito dinheiro com a dívida portuguesa e depois ainda temos bancos alemães e franceses interessados em pressionar, no sentido de recorrer ao fundo de estabilização financeira também para garantirem que recuperam o que já gastaram», referiu em entrevista ao «TVI24», esta noite.

A escapatória e indo no sentido de devolver confiança aos investidores, «é demonstrar aos mercados que podemos controlar o nosso endividamento a prazo, temos de mostrar que somos capazes de crescer de uma forma sustentada, isto é, temos que demonstrar que face ao nível de dívida temos capacidade de cumprimento».

Pressão dos parceiros europeus

A pressão é evidente no mercado da dívida. Note-se que, para comprarem dívida portuguesa, os investidores estão a exigir uma taxa de praticamente 7% e, segundo Catroga, «esta situação é insustentável numa perspectiva de médio a longo prazo porque a economia portuguesa, as empresas e as famílias não aguentam pagar estas taxas de juro».

Quanto à emissão de dívida de quarta-feira, «penso que vamos conseguir colocar. A única dúvida que existe é o preço».

Catroga: «Neste momento a economia portuguesa está ligada à máquina»
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