PSD quer «mecanismos mais flexíveis de emprego» - TVI

PSD quer «mecanismos mais flexíveis de emprego»

Passos Coelho em workshop de introdução à política (MARIO CRUZ/LUSA)

Passos Coelho vai fazer proposta no Parlamento, mas sem alterar Código do Trabalho

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse esta segunda-feira que o seu partido vai propor que o Parlamento aprove «mecanismos mais flexíveis de emprego» sem alterar o Código do Trabalho, para vigorar até 2013, 2014, avança a Lusa.

«Nós precisamos de encontrar respostas mais rápidas para estes problemas e, dada a situação excepcional, nós temos de encontrar medidas excepcionais, portanto, que não mexam no Código do Trabalho, mas que possam criar mecanismos novos de relação contratual», defendeu Pedro Passos Coelho.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), na sede desta entidade, em Lisboa, Passos Coelho adiantou que o PSD deverá apresentar a sua proposta de «mecanismos novos de relação contratual» no Parlamento até ao final deste mês, depois de ter «recolhido o contributo de todos os parceiros sociais».

Segundo o presidente do PSD, o Código do Trabalho, «revisto ainda há menos de dois anos», poderá «no futuro sofrer alterações em matéria de flexibilidade», mas neste momento o mercado de emprego português «não pode esperar».

Passos Coelho assinalou o aumento do desemprego em Portugal e referiu que «a perspectiva para os próximos meses é ainda de agravamento do desemprego».

Neste contexto, a preocupação do PSD é «encontrar mecanismos que sejam extraordinários também, adequados a esta conjuntura difícil, que permitam que aqueles que estão desempregados ou à procura do primeiro emprego tenham uma circunstância mais favorável do ponto de vista contratual para poderem ter uma situação de emprego e que as empresas, aquelas que podem oferecer trabalho, tenham também mecanismos mais flexíveis durante este período extraordinariamente difícil, de modo a dar um contributo líquido para a criação de emprego».

Segundo Passos Coelho, o PSD quis ouvir a CIP para «aperfeiçoar» as medidas que pretende apresentar e saiu deste encontro com «um novo ângulo de visão sobretudo ao nível de uma política de estágios profissionais que sirva uma melhor adaptação daqueles que estão à procura de emprego às necessidades das empresas».

Na reunião com a CIP participaram também o vice-presidente do PSD Marco António Costa e o vice-presidente da bancada social democrata Almeida Henriques.
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