Franceses destacam vitória «frágil» do euro na Grécia - TVI

Franceses destacam vitória «frágil» do euro na Grécia

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Coligação entre Nova Democracia e PASOK pode não ser fácil

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Os jornais franceses destacam a vitória da Nova Democracia, o partido conservador grego, nas eleições legislativas de domingo, saudando a escolha pró-europeia dos eleitores. Uma vitória do euro, mas que pode durar pouco.

O diário económico «Les Echos» escreve, na página completa que dedica às eleições na Grécia, que, mesmo sendo «frágil», o cenário que sai do escrutínio de domingo «é o melhor que os europeus podiam esperar num contexto extremo».



O jornal destaca ainda o apelo dos dois partidos pró-europeus ¿ a Nova Democracia e o Pasok, socialista ¿ a um Governo de coligação. Lembra, contudo, que «o resultado curto» dos conservadores, e a abstenção, semelhante à registada no escrutínio de 06 de maio (39%), «mostram que uma ampla maioria dos gregos continua a opor-se às políticas de rigor».



O diário destaca depois a corrida dos gregos aos bancos, noticiando que o cenário registado no rescaldo das legislativas de inícios de maio deverá repetir-se, mas considerando que Atenas ainda não chegou ao «pânico bancário».

Também o diário conservador «Le Figaro» destaca a vitória «curta mas crucial do campo pró-euro», escrevendo que «as capitais europeias respiram de alívio». O jornal, que também dedica uma página inteira às legislativas gregas, noticia ainda que o país está «condenado ao rigor ou à falência».

«O novo Governo, logo que seja constituído, não viverá um estado de graça. Entrará de imediato numa corrida contra o tempo para pagar a dívida», lê-se no mesmo texto, que considera crucial a Cimeira Europeia de 28 de junho, em Bruxelas, em que deverá perceber-se se «o dinheiro vital de mais um pacote de ajuda será libertado e quando, e como fará a troika a sua avaliação».

O diário de esquerda «Libération» destaca a vitória «muito estreita» de Samaras, e chama ao resultado uma «estranha vitória», sublinhando que «nada indica» que o líder do partido conservador grego poderá «formar um Governo estável».

Nas duas páginas que dedica ao escrutínio de domingo, o jornal publica uma reportagem em Atenas, na qual se lê que este é «o ano zero para a Grécia», país onde, nos últimos dois anos, «drásticas medidas de austeridade mudaram consideravelmente o quotidiano dos gregos, para melhor e para pior».

O vencedor desta eleição, lê-se ainda, deve «ter um novo olhar sobre a crise».
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