SCUT: utentes prometem «não baixar os braços» - TVI

SCUT: utentes prometem «não baixar os braços»

Marcha lenta contra portagens nas Scut, no Porto

Cobrança de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador vai mesmo para a frente. Comissões de utentes e movimentos continuam contra

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O Governo vai mesmo avançar com a cobrança de portagens em sete auto-estradas sem custos para o utilizador. Os primeiros alvos são as SCUT do Norte, onde os condutores vão ter de pagar para circular já a partir de 15 de Outubro. A medida vai ser implementada nas restantes até dia 15 de Abril do ano que vem. Os utentes, comissões e movimentos contra a introdução de portagens nestas auto-estradas continuam contra e prometem luta atrás de luta.

O movimento contra a introdução de portagens nas SCUT do Norte (Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata) «não vai baixar os braços e vamos agendar uma reunião [para 25 de Setembro], que envolva todas as comissões de utentes do país, para definirmos outras formas de luta», disse à agência Lusa o porta-voz do movimento, José Rui Ferreira.

A Comissão de Utentes Contra as Portagens nas auto-estradas A25 (Aveiro-Vilar Formoso), A23 (Guarda-Torres Novas) e A24 (Viseu-Chaves) prometem o mesmo: lutar. «O Governo escolheu o confronto com as gentes dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu. Escolheu a via do confronto, e vai tê-lo. Vai ter a luta na rua», reforçou o porta-voz daquela comissão, Francisco Almeida.

«A luta das populações vai ser determinante para obrigar o Governo a mudar de atitude». Já «em 2004 também era dado como certo que haveria portagens e até hoje ainda não vi portagens nas auto-estradas» que servem a região.

Esta Comissão de Utentes continua a considerar que «não há alternativas» às auto-estradas e que, na área abrangida pela A25, «há concelhos que têm poder de compra de menos de metade do poder de compra nacional».

Utentes pedem ajuda aos autarcas

Já o porta-voz dos utentes da A28, Jorge Passos, fez um apelo aos autarcas: «Está na hora de os autarcas, desde presidentes de junta a presidentes de câmara, se unirem e, conjuntamente com os movimentos de cidadãos, fazerem tudo o que estiver ao seu alcance, usarem todas as armas legais, para lutar contra as portagens».

O líder do movimento «Naturalmente, não às portagens na A28», mostrou-se «surpreendido» com o início da cobrança de portagens «a tão curto prazo». Uma medida «injusta», uma vez que «não há qualquer alternativa» àquela auto-estrada.

Nem os descontos e isenções convencem o responsável. «Entre Viana do Castelo e o Porto há quatro pórticos para a cobrança de portagens. Se a isenção for pela passagem em cada pórtico, numa viagem de ida e volta entre aquelas duas cidades lá se vão oito das isenções anunciadas».



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