Pela primeira vez, o primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, admitiu que cometeu erros, mas apesar da onda de especulações que se gerou à volta da sua possível demissão, recusa sair e lamenta que haja membros do seu partido a fazer circular aquilo que designa por desinformação.
«Vou acabar por renunciar sem o saber»: se durante a tarde de ontem, o sentido de humor de Berlusconi ainda estava apurado, esta terça-feira mudou de semblante. Berlusconi quer esperar pela votação das contas do Estado de 2010 - é a segunda vez que vão a votos no Parlamento - e diz que «ceder» aos seus opositores seria «trair Itália» e «il Cavaliere» garante que «nunca» o vai fazer. «Se tiver de morrer, vou morrer no Parlamento», afiançou, segundo o «Corriere della Sera».
O chefe do Governo italiano manteve-se irredutível ao longo dos últimos dias, apesar de os juros da dívida do país estarem a bater máximos atrás de máximos e da pressão europeia estar a aumentar. Os rumores relacionados com a saída de Berlusconi foram «infundados», reclamou o próprio no seu Facebook.
«Talvez tenha cometido erros, mas não contra os meus princípios e o que eu represento», argumentou, acusando a oposição de «irresponsável».
Berlusconi aponta o dedo à «desinformação que mesmo alguns dos meus apoiantes estão a fazer circular».
O clima político em Itália é de tal ordem agreste que o ministro das Finanças do país teve de abandonar o Ecofin para se deslocar a Roma. O Eurogrupo fez ontem um ultimato ao Governo italiano: tem de apresentar «até ao final da semana» as respostas a questões colocadas sobre as reformas que o país se comprometeu a fazer para conter a dívida soberana.
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Berlusconi: «Se tiver de morrer, morrerei no Parlamento»
- Redação
- VC
- 8 nov 2011, 13:27
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Primeiro-ministro italiano admite que cometeu erros, mas não está disposto a sair
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