Controladores da Oi fazem acordo para afastar estrangeiros - TVI

Controladores da Oi fazem acordo para afastar estrangeiros

Zeinal Bava

Acordo é forma de evitar uma possível investida por parte da PT, caso o grupo português decida pela venda da sua participação na Vivo à Telefónica

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Os controladores da operadora brasileira Oi fizeram um acordo contra uma possível ofensiva de grupos estrangeiros para adquirir seu controlo, noticia esta terça-feira a imprensa do Brasil.

O acordo determina que, se algum accionista quiser vender a sua participação na maior operadora brasileira, com cerca de 62 milhões de utilizadores, os demais têm preferência de compra, informou o diário Folha de São Paulo.

Segundo a reportagem, o acordo é uma forma de evitar uma possível investida por parte da Portugal Telecom (PT), caso o grupo português decida pela venda de sua participação na Vivo à operadora espanhola Telefónica.

«A hipótese de haver uma oferta hostil de compra do controlo acionista da Oi - como a Telefónica está a fazer com a PT, em relação às ações da Vivo - é considerada impossível pelos especialistas, em razão do acordo de accionistas da Telemar Participações, holding controladora do grupo Oi», escreveu o diário.

No passado fim-de-semana, o jornal «O Estado» de São Paulo publicou uma reportagem afirmando que os controladores da Oi estiveram com o presidente Lula da Silva para pedir a «blindagem» da companhia contra uma possível investida da PT.

Participaram do encontro, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, e os principais controladores da empresa, Sérgio Andrade, do grupo Andrade Gutierrez, e Carlos Jereissati, do grupo La Fonte, que juntos detêm 50,1 por cento do capital.

Os accionistas minoritários de referência são o banco estatal de fomento BNDES (31,38 por cento) e fundos de pensão de grandes empresas estatais, como Previ (12,95 por cento), Funcef (2,79 por cento) e Petros (2,74 por cento).

O BNDES vai reduzir sua participação para 16,89 por cento para que Petros (dos funcionários da Petrobras) e Funcef (da Caixa Económica Federal) atinjam 10 por cento cada um.

A venda das acções controladas pelo BNDES será aberta a outros interessados, mas, caso eles adquiram os títulos, serão tratados como minoritários devido ao acordo de acionistas da Oi após a compra da Brasil Telecom, em abril de 2008.
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