Zeinal Bava: «Vivo não está à venda» - TVI

Zeinal Bava: «Vivo não está à venda»

Presidente da PT sublinha ainda que proposta de compra de 6,5 mil milhões de euros é um «valor baixo»

Relacionados
O presidente da Portugal Telecom (PT) afirmou que este domingo que «a Vivo não está à venda» e que a proposta de compra, de 6,5 mil milhões de euros, a ser votada pelos accionistas, é um «valor baixo».

Em entrevista publicada na edição do jornal espanhol «El País», Zeinal Bava disse que, perante a «magnitude da oferta e importância da decisão», foi convocada uma assembleia-geral e dada a palavra aos investidores, sendo a decisão tomada por maioria.

«Sempre dissemos que a Vivo não está à venda e, portanto, não temos qualquer obrigação de definir um preço para a Vivo», defendeu o responsável, quando questionado acerca de qual seria o valor da empresa para a PT.

Se os investidores decidirem vender, «o conselho de administração da PT terá de analisar a questão».

«Desde o passado 6 de Maio, a Telefónica e a PT [protagonizam] uma tremenda guerra financeira e psicológica pela Vivo», pode ler-se no El País.

O presidente da operadora portuguesa está a percorrer várias cidades para «convencer os accionistas que o futuro da PT passa por resistir à oferta» da Telefónica, diz o jornal, acrescentando que «Zeinal Bava quer situar a PT entre as melhores do mundo» e para isso precisa da fonte de receitas da Vivo, além de «o futuro chamar-se Brasil».

«O problema é que César Alierta [presidente da Telefónica] pensa o mesmo», refere ainda.

Àcerca da possibilidade de dissolver a Brasilcel, holding partilhada em 50 por cento pelas duas operadoras, e bloquear o pagamento de dividendos, Zeinal Bava respondeu que «as ameaças da Telefónica não têm qualquer fundamento».

Para o presidente da PT, neste caso com a Telefónica, «o mais importante é apresentar os argumentos e deixar que o mercado tome a melhor decisão. E a seguir trabalhar para criar valor».

O responsável referiu ainda que, se for mantida a postura, como até agora, de ter agendas distintas, «não há qualquer razão para que Vivo não continue a ter muito êxito».

A PT convocou uma assembleia-geral de accionistas para o dia 30 de Junho, para decidir sobre a proposta da Telefónica de compra da sua participação na brasileira Vivo.

A operadora portuguesa e a Telefónica detêm em 50 por cento cada uma a holding Brasilcel, que controla 60 por cento da operadora móvel brasileira Vivo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados