ES Saúde: Governo já deu luz verde à UnitedHealth - TVI

ES Saúde: Governo já deu luz verde à UnitedHealth

Paulo Macedo (Lusa)

Ministérios das Finanças e Saúde já viabilizaram a oferta dos americanos que controlam a Amil, na oferta de aquisição da ES Saúde. A Fidelidade diz que a proposta é «manifestamente ilegal»

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O Governo assinou esta manhã a autorização que permite à norte-americana UnitedHealth controlar o Hospital de Loures, a unidade de saúde da Espírito Santo Saúde que funciona em regime de parceria público-privada, segundo fonte oficial do Governo à Lusa.

Cabe agora aos dois Ministérios a elaboração de um parecer que permita a alteração de controlo da sociedade que gere o Hospital de Loures e também da sociedade que gere o edifício em que funciona.

O UnitedHealth Group Incorporated apresentou na terça-feira uma oferta para a aquisição das ações detidas pela Espírito Santo Health Care Investments na Espírito Santo Saúde, representativas de 51% do capital social desta, a cinco euros por ação.

A oferta foi divulgada através de comunicado publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e expira às 17:00 horas da próxima sexta-feira, 10 de outubro.

O preço proposto quantifica a entidade proponente, representa um prémio de aproximadamente 3,7% em relação ao preço de 4,82 euros anunciado pela Fidelidade, em 26 de setembro de 2014.

O UnitedHealth Group adiantou que já pediu a avaliação da transação à Autoridade da Concorrência e que se a sua proposta vingar lança de imediato uma oferta pública de aquisição obrigatória, em iguais termos e condições, sobre as restantes ações da ESS.

O UnitedHealth Group é proprietário da brasileira Amil, que comprou o negócio da saúde à Caixa Geral de Depósitos. A Espírito Santo Health Care Investiments, que é controlada pela holding Rioforte, possui, via ES Saúde, entre outros ativos, o Hospital da Luz, em Lisboa, e gere, em regime de parceria público-privada, o Hospital de Loures.

Ainda na terça-feira à noite, numa nota enviada à agência Lusa, fonte oficial da seguradora Fidelidade considerou «manifestamente ilegal» o anúncio feito pelo UnitedHealth Group Incorporated.

«Esta oferta só poderia ter sido feita no âmbito da OPA da Fidelidade e seguindo as regras das ofertas concorrentes, designadamente se o respetivo registo na CMVM tivesse sido obtido até ao passado dia 03 de outubro», refere a nota.

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