Espanha: risco da dívida regista maior queda em 6 meses - TVI

Espanha: risco da dívida regista maior queda em 6 meses

Há rumores de compra massiva de dívida por fundos europeus

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O risco da dívida espanhola registou esta quarta-feira a maior queda num dia, desde dezembro do ano passado, perante rumores de uma possível operação de compra massiva de dívida espanhola e italiana pelos fundos europeus de resgate.

Apesar do desmentido de Bruxelas, a notícia continua a alimentar o comportamento dos mercados secundários com o diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos a cair para 511 pontos base.

Isto depois de a imprensa inglesa ter avançado esta manhã que os líderes europeus estão prestes a anunciar um resgate às economias de Espanha e Itália, comprando obrigações dos países no valor de 750.000 milhões de euros para reduzir as taxas dos empréstimos.

Os juros a 10 anos, que estiveram nos últimos dias acima dos 7%, caíram de imediato para 6,742%, com o principal indicador da bolsa espanhola, o Ibex 35, a registar uma subida superior a 1%.

A última vez que o risco da dívida espanhola caiu mais de 30 pontos foi em dezembro, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado o seu programa de liquidez para a banca europeia. Hoje já caiu 38 pontos desde a abertura, marcando uma jornada de alívio.

De acordo com o comunicado apresentado no final da cimeira que juntou os 20 países mais ricos do mundo, em Los Cabos, México, o Fundo Europeu de Estabilidade deve avançar com 500 mil milhões de euros e o Fundo de Estabilidade Financeira Europeu com 250 mil milhões de euros, para comprar títulos de dívida dos dois países (Espanha e Itália) e assim acalmar os mercados.

O porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj Tardio, disse, entretanto, desconhecer a existência de negociações para um resgate às economias da Espanha e Itália e que, ao contrário do noticiado hoje, «não existiram negociações no G20 sobre a compra de obrigações» de ambos os países.

A imprensa britânica adianta ainda que o presidente francês, François Hollande, informou que a Itália defendeu a utilização do novo fundo de resgate permanente da Zona Euro para comprar as dívidas de Estados-membros sobrecarregados com os custos dos empréstimos, admitindo que é uma ideia a explorar.
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