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Estado emite dívida na ressaca do corte de rating

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Portugal quer vender até mil milhões de euros de dívida, no quinto leilão desde que pediu ajuda

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É o quinto leilão de dívida que Portugal realiza desde que pediu ajuda externa, precisamente um dia depois de ter sofrido novo corte de rating para a temível classificação de «lixo». O Estado pretende angariar entre 750 e mil milhões de euros numa emissão de dívida com maturidade a três meses.

A agência de notação financeira Moody`s cortou em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a nota da dívida do país na categoria de «lixo»(junk). A decisão promete por isso causar turbulência nos mercados. Na bolsa, o PSI20 afundou logo na abertura, com a banca em destaque.

De acordo com o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), o leilão de hoje tem um montante indicativo entre os 750 e os mil milhões de euros a colocar na linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade em 21 de Outubro deste ano.

Depois do pedido de ajuda endereçado a Bruxelas e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) - Portugal deverá receber 78 mil milhões de euros caso cumpra o programa de ajustamento acordado com a troika -, Portugal orientou o seu programa de financiamento para empréstimos de curto prazo.

Durante o terceiro trimestre, de acordo com as linhas mestras publicadas pelo IGCP, Portugal irá tentar financiar no mercado entre 4,5 e 6,75 mil milhões de euros, através de dívida de curto prazo, maioritariamente em linhas que atingem a maturidade este ano.

Desde o pedido de ajuda anunciado a 6 de abril pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates, Portugal recorreu sempre, no que diz respeito a operações em mercado aberto, a colocação de dívida através de Bilhetes de Tesouro, tendo realizado leilões a 20 de Abril, 4 e 18 de Maio, e a 1 e 15 de Junho.
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