Juros em máximos depois de encontro Sócrates e Merkel - TVI

Juros em máximos depois de encontro Sócrates e Merkel

José Sócrates e Teixeira dos Santos

Dívida soberana a cinco anos atingiu juros recorde, enquanto a longo prazo aproxima-se de máximos

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Os juros da dívida pública estão esta manhã de quinta-feira acima da barreira dos 7,5% e a aproximarem-se dos valores mais altos de sempre. Isto apesar da reunião de ontem entre o primeiro-ministro e a chanceler alemã.

Para Angela Merkel, Portugal «está no bom caminho» para a recuperação económica e rejeita que Portugal seja obrigado a pedir ajuda externa. Uma ideia sublinhada, também, por José Sócrates que disse, num discurso conjunto após o encontro, que Portugal vai ser capaz de resolver os seus problemas «sozinho».

Mesmo assim, os juros da dívida soberana não aliviaram e aproximam-se mesmo dos máximos históricos, atingidos em Fevereiro. E esta tendência atinge tanto a dívida pública de curto como de longo prazo.



No caso das Obrigações do Tesouro a 10 anos, as yields estão nos 7,52%, depois de terem tocado os 7,649%, o máximo do dia. Os juros estão cada vez mais perto dos 7,72%, o valor mais alto de sempre atingido durante a sessão de 25 de Fevereiro.

Já na maturidade mais curta, os juros a cinco anos estão nos 7,52%, depois de ter tocado os 7,649%, muito acima dos 7,40%, o máximo histórico atingido também a 25 de Fevereiro.

Acima de Portugal, apenas a Grécia e a Irlanda, países já resgatados pelo fundo da UE/FMI, estão a pagar mais para se financiarem nos mercados. Os juros da dívida a 10 anos grega já ultrapassou os 12% e os da Irlanda sobem acima dos 9%.
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