Cimpor: Semapa confirma proposta para travar OPA da Camargo - TVI

Cimpor: Semapa confirma proposta para travar OPA da Camargo

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Notícia surge depois de CMVM ter pedido esclarecimentos ao empresário Pedro Queiroz Pereira sobre proposta alternativa que apresentou à OPA lançada pela Camargo Corrêa

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A Semapa confirmou na segunda-feira que apresentou à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à sociedade gestora do fundo de pensões do BCP uma proposta de aquisição das suas participações na Cimpor, «por uma sociedade a constituir».

A notícia surge depois de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter pedido esclarecimentos ao empresário Pedro Queiroz Pereira, presidente da Semapa, sobre a proposta alternativa que apresentou à OPA lançada pela Camargo Corrêa sobre a Cimpor.

O pedido de esclarecimentos, por sua vez, foi feito depois de o «Jornal de Negócios» ter noticiado na segunda-feira que o presidente da Semapa apresentou na quinta-feira aos acionistas portugueses da Cimpor uma alternativa à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela brasileira Camargo Corrêa.

Em nota enviada ainda na segunda-feira à CMVM, a Semapa afirma que, «no dia 05 de abril, a Semapa apresentou à Caixa Geral de Depósitos e à Pensõesgere (Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA), na qualidade de sociedade gestora do Fundo de Pensões do BCP, uma proposta relativa à aquisição, por uma sociedade a constituir, do conjunto das participações daquelas entidades na Cimpor».

A empresa refere ainda que «a aquisição por esta nova sociedade das participações na Cimpor seria efetuada por um valor por ação não inferior a 5,75 euros».

A empresa de Pedro Queiroz Pereira acrescenta que «a nova sociedade a constituir integraria, pelo menos numa primeira fase, a Caixa Geral de Depósitos e o fundo de pensões do BCP e ainda a Manuel Fino SGPS, SA», que detém 10,7% da Cimpor.

Caso a Manuel Fino, SGPS venha a aderir a esta proposta, a nova empresa agregaria a totalidade das participações detidas por estas entidades no capital social da Cimpor, representando no seu conjunto 30,3% do capital da cimenteira portuguesa, bem como a totalidade da participação no capital da Secil, numa repartição igualitária de capital entre a Semapa e as outras entidades.

A Semapa diz ainda que, caso alguma das entidades em causa não aceite integrar o capital da nova sociedade, «encara como alternativa poder vir a proceder à compra das correspondentes participações na Cimpor por valor não inferior ao acima indicado», 5,75 euros por ação.

A empresa de Pedro Queiroz Pereira adianta também que a proposta de constituição da nova sociedade, «integralmente portuguesa», tem uma validade de 15 dias e surge num «cenário de inevitabilidade de partilha dos ativos da Cimpor à total revelia dos interesses nacionais».

A InterCement, detida pela Camargo Corrêa, lançou, a 30 de março, uma OPA sobre a totalidade das ações da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação.

O Fundo de Pensões do BCP, que detém 10% da Cimpor, e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) já anunciaram que vão vender as participações que detém na cimenteira. A Camargo Corrêa já é a maior acionista da Cimpor (32,9% do capital), seguida pela também brasileira Votorantim (21,1%).
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