Transportes: aumentos até 4,5% «não chegam» - TVI

Transportes: aumentos até 4,5% «não chegam»

Actualização dos preços dos bilhetes fica aquém do esperado para cobrir despesas, diz a ANTROP

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Andar de transportes públicos vai ficar mais caro em 2011, com actualizações entre os 3,5% e os 4,5% no preço dos bilhetes. Mas o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários Pesados de Passageiros (ANTROP) considera que esta actualização não é ainda suficiente para fazer face às despesas.

«A actualização ficou aquém daquilo que nós esperávamos e que nós tínhamos dito ao Governo que era importante para repor o equilíbrio económico-financeiro das empresas, uma vez que temos tido nos últimos meses um agravamento significativo do preço dos combustíveis», disse à agência Lusa Cabaço Martins.

A ANTROP esperava que o aumento fosse entre os 5% e 6%. É que, só em 2010, o preço dos combustíveis aumentou, sem taxas, «cerca de 25%», o que é um encargo suplementar muito elevado para as empresas, refere o mesmo responsável.

Se continuar a haver um agravamento do preço dos combustíveis, como todos os analistas prevêem, a ANTROP irá interceder junto do Governo para que a situação seja corrigida.

Governo: aumentos eram «inevitáveis»

O Governo explicou, numa nota enviada à comunicação social, que a actualização era «inevitável», depois de dois anos em que os preços se mantiveram inalterados e de, em 2010, se ter procedido a uma actualização que se destinou «apenas» a repercutir «a variação da taxa reduzida do IVA de 5% para 6%».

O ministério das Finanças diz ainda que «o mecanismo de actualização tarifária tem em conta, designadamente, o valor da inflação e dos custos operacionais das empresas, que englobam encargos com combustível, com pessoal, entre outros. Face ao aumento destes factores, torna-se inevitável proceder a esta actualização. Ainda assim, por razões de índole social, procedeu-se a uma actualização diferenciada, beneficiando os utilizadores dos denonimados passes sociais».

Aumentos que, mesmo assim, não chegam, na perspectiva da ANTROP.

[Notícia actualizada, com explicação do Governo]

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