Ministro: anterior governo levaria país à bancarrota - TVI

Ministro: anterior governo levaria país à bancarrota

Vítor Gaspar

Vítor Gaspar sublinha que Orçamento do Estado para 2012 quer romper com a conduta feita no país em 2008 e 2009

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O ministro das Finanças criticou esta segunda-feira, na habitual conferência de imprensa que se segue à entrega da proposta do Orçamento do Estado no Parlamento, a política económica adoptada no anterior governo de José Sócrates.



«Este Orçamento do Estado rejeita a ilusão de que uma economia expansionista resultaria num melhor resultado. Esta conduta foi feita no nosso país em 2008 e 2009».



Uma conduta que Vítor Gaspar criticou de forma clara e irónica: «O governo seguiu a senda expansionista com convicção», «mais do que estava previsto a nível europeu», e acumulando «dívida durante esse período», «o que nos conduziu à crise que agora vivemos».

Por isso, Gaspar acha «estranho» que, uma vez que «a política de 2008-2009, falhou em condições nacionais e internacionais muito mais favoráveis» do que as actuais, «como se pode defender que uma politica desse tipo poderia ser uma solução para os problemas que agora enfrentamos?» O ministro insiste: «O erro é um erro grave e em termos de memória colectiva é um erro recente. Por isso repeti-lo seria indesculpável».

«Repetir esse erro seria incompreensível e só nos conduziria a uma espiral que nos aproximaria da bancarrota», reiterou o governante, concluindo: «É essencial romper com o passado».

Vítor Gaspar explicou, então, que o objectivo deste Orçamento do Estado para 2012 é «repor a credibilidade» do país que, juntamente com a «reforma na Justiça e no mercado laboral», colocará Portugal «na trajectória de modernização e de competitividade».

Competitividade essa que o Governo espera promover com o alargamento do horário de trabalho, «através da redução dos custos unitários do trabalho, mas sem as consequências que a diminuição da Taxa Social Única implicaria».

Gaspar explicou o porquê da execução do Orçamento ser «bem-sucedida»: «Neste momento, o país não tem praticamente acesso a financiamento externo privado e está fortemente dependente da ajuda financeira da União Europeia e do FMI. Falhar as metas não é uma opção, dadas as consequências tadoras para a nossa economia».

Só para dar «alguns exemplos», o ministro explica que «falhar as metas» implicaria o «acesso a bens e serviços básicos que adquirimos no exterior, impossibilitaria o pagamento de salários e pensões e colocaria em causa a possibilidade de prestar urgentes apoios sociais e serviços de saúde».

Veja aqui todas as outras medidas que constam do Orçamento do Estado para 2012: aumentos de impostos, cortes de deduções, etc.
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