Passos Coelho defende «reforma máxima» - TVI

Passos Coelho defende «reforma máxima»

Líder do PSD dá como exemplo Espanha, onde nenhum reformado recebe mais do que 2500 euros

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Última actualização às 16h00

Pedro Passos Coelho admitiu esta terça-feira definir um «limite máximo para as reformas pagas pelo Estado», sublinhando que há hoje no país muitas pessoas «que auferem reformas desproporcionadas em relação aos descontos que fizeram».

Convidado do Fórum TSF, e questionado por um ouvinte sobre se iria acabar com as «reformas milionárias» se fosse eleito primeiro-ministro, Passos Coelho defendeu que estas devem ser «proporcionais ao rendimento das pessoas» durante a sua vida activa.

Depois, recordou que o seu partido defendeu no passado «uma limitação maior ainda para as reformas mais elevadas», o que, sublinhou, não recebeu o acordo do PS.

A possibilidade de um limite nas reformas mais elevadas foi exemplificada com caso de Espanha, onde ninguém recebe mais de 2500 euros pagos pelo Estado.

Para Passos Coelho este «plafonamento» significa que «as pessoas não fazem descontos para ter reformas superiores a esse valor. Julgo que, no futuro, vamos ter de encontrar uma solução parecida com esta».

Quanto à possibilidade de um tecto salarial no Estado, Passos lembra que este já se «aplica na administração pública». Sobre as empresas públicas, o líder do PSD não tem dúvidas que estas são demais, mas percebe a necessidade de salários mais elevados quando estas estão em concorrência directa no mercado e precisa de recrutar «bons gestores». Sugere, todavia, uma part

O líder do PSD sublinhou ainda que o PSD não vai «bloquear» o resgate financeiro que o país está a negociar com a troika. O líder laranja aproveitou para acusar o actual Governo de ter pedido ajuda demasiado tarde, porque nesta «emergência absoluta» não há margem de manobra para «negociar».

Enquanto Pedro Passos Coelho falava na TSF, a troika estava na sede do PSD e sobre o papel desta «equipa» internacional, o líder laranja espera que esta «possa ajudar Portugal». No entanto, lembra que existe «muito pouco tempo para chegar a acordo».

Passos Coelho insistiu que é seu dever transmitir à troika «o seu diagnóstico da situação e apresentará linhas para o futuro» e lamenta que, até agora, «o Governo não tenha respondido às questões» que o seu partido colocou.

A proximidade de mais austeridade, imposta pela troika, não assusta o líder do PSD que defende que as «pessoas já vivem em austeridade» e é tempo do Estado «emagrecer».

O assunto «Fernando Nobre» também foi abordado e Passos Coelho reafirmou a sua intenção quando fez o convite: «Quando dizemos que é preciso abrir o espaço político à cidadania, não falamos por falar».

Mas o líder laranja recebeu algumas críticas dos ouvintes da TSF por não ter aprovado o PEC 4 e explicou a decisão. «A situação do país é muito mais grave» do que a que o Governo assumiu e, por isso, «poucos dias depois seria preciso um PEC 5». Se o «PSD tivesse aceite, estaríamos perante um embuste» porque as medidas não seriam suficientes.
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