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Saiba o que o PSD vai dizer à troika

Passos Coelho vai pedir informação completa sobre a contas públicas portuguesas

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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou esta segunda-feira que, na reunião que terá com a missão conjunta da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, vai pedir informação completa sobre a contas públicas portuguesas.

Passos quer tudo em cima da mesa: «os prejuízos das empresas públicas, o peso das PPP (parcerias público-privadas), com as auto-estradas, de tantas outras coisas que foram feitas a crédito e vão começar a ser pagas. A verdadeira dívida do SNS que tem estado sub-financiado. Tudo o que gera despesa e para a qual os impostos dos portugueses já não são suficientes». «Se queremos cumprir as nossas obrigações no futuro [e precisamos] toda a situação do país tem de estar em cima da mesa. Isso mesmo dissemos ao Governo e diremos ao Fundo de Estabilização Financeira e ao FMI», afirmou Passos Coelho.

«É muito importante que no pedido de ajuda que está a ser elaborado, tudo o que é relevante e vai afectar a vida portuguesa nos próximos anos seja tido em linha de conta. Temos que ser absolutamente transparentes. Não podemos continuar a fazer de conta».

«É importante que o país saiba que a razão pela qual as medidas têm de ser mais duras [do que o as do Plano de Estabilidade e Crescimento do Governo] não é pelo facto de o PEC4 ter sido chumbado, mas pelo facto de a situação do país ser pior do que o Governo mostrou ao país e a Bruxelas», acusa.

Passos Coelho admite que, «para o eleitorado, será difícil distinguir entre o que resultará da sua vontade e aquilo a que Portugal se terá de vincular por força da ajuda externa que pediu», mas frisa que, «se essa ajuda foi pedida é porque é absolutamente necessária», e «o pedido de ajuda devia ter sido feito há muito mais tempo». «Há muito tempo, sabia o Governo, que íamos ficar sem dinheiro para cumprir as nossas obrigações».



Por isso mesmo, na semana passada, quando se reuniu com José Sócrates em São Bento para discutir a ajuda externa, «O PSD solicitou ao Governo informação completa sobre a base de que partimos» e fará o mesmo na reunião com a troika.

O partido diz que a prioridade é «salvaguardar em Portugal os mais vulneráveis e apostar no crescimento da economia e da criação de emprego». «Sabemos que é preciso austeridade, mas o que queremos é que o Estado, que ainda não fez austeridade, a faça agora», disse.
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