BCE revê em alta previsões para 2010 - TVI

BCE revê em alta previsões para 2010

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Autoridade monetária estima que taxas de inflação continuem moderadas no ano que vem, beneficiando da baixa pressão dos preços nos países da Zona Euro

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O Banco Central Europeu (BCE) reviu esta quinta-feira em alta as previsões de crescimento da Zona Euro para 2010 entre 1,4% e 1,8%, de acordo com o boletim de Setembro.

Também o crescimento para 2011 foi revisto em alta, entre 0,5 e 2,3%.

No mesmo boletim, o BCE diz que corrige as previsões para a Zona Euro devido aos bons resultados do segundo trimestre de 2010 e as suas observações quanto à actividade económica nos meses de Verão.

O BCE afirma ainda que vai manter a estabilidade dos preços a médio prazo, o que se enquadra no limite de dois por cento estabelecido pelo banco central.

O boletim, citado pela Lusa, assinala que o Índice de Preços do Consumidor (IPC), um dos indicadores mais utilizados para medir a inflação, se situou em 1,6% em Agosto, de acordo com os dados do Eurostat, o gabinete comunitário de estatística.

O banco afirma que o IPC deverá aumentar ligeiramente este ano e que o índice vai mostrar uma «certa volatilidade».

O BCE estima que, em 2011, as taxas de inflação continuem moderadas beneficiando da baixa pressão dos preços nos países da Zona Euro.

Recorde-se que a 2 de Setembro, o BCE decidiu manter as taxas de interesse no mínimo histórico de um por cento, vigentes desde Maio de 2009.

«Perspectivas ainda são incertas»

Quanto ao mercado monetário, o BCE diz que as condições melhoraram mas as perspectivas ainda são incertas.

As instituições financeiras «parecem ter começado a aumentar os seus empréstimos, pelo menos, um subconjunto de bancos da Zona do Euro», afirma a autoridade.

As condições do crédito interbancário e as oferecidas às empresas e às famílias estão sob escrutínio do BCE desde o colapso do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers, em Setembro de 2008.

Em Maio, o BCE decidiu comprar títulos de dívida pública no mercado secundário para assegurar a liquidez do sistema financeiro.

Segundo a instituição, só «os próximos meses vão clarificar um retorno mais sustentado à normalidade».
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