Teixeira dos Santos diz que situação de Paulo Macedo não é prioritária - TVI

Teixeira dos Santos diz que situação de Paulo Macedo não é prioritária

Teixeira dos Santos

O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou esta quinta-feira em Bruxelas que o futuro de Paulo Macedo na direcção-geral dos Impostos não é uma questão prioritária, nem a sua principal preocupação, e será resolvida com calma.

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«Sinceramente esta não é das questões mais importantes que o ministro das Finanças tem para resolver. É uma das questões que ele tem para resolver, mas está dentro de uma lista de várias questões a resolver, e não é, em termos de «timing», aquela que está no topo das minhas preocupações, não tenham dúvidas quanto a isso», disse segundo a agência «Lusa».

Teixeira dos Santos, que falava a jornalistas portugueses em Bruxelas, após participar num debate no Parlamento Europeu, reafirmou que a situação se mantém inalterada e mostrou-se incomodado com as persistentes questões em torno da eventual saída do actual director-geral dos Impostos.

«Parece que o país está suspenso pelo futuro do dr. Paulo Macedo, parece que o país deixa de funcionar se não se esclarecer essa questão», comentou, para de seguida afirmar que «não é com a pressão do tempo e com a pressão mediática» que vai «acelerar o processo de resolução da questão».

«É uma questão que tenho que resolver, tenho que a resolver com o dr. Paulo Macedo, e quando a resolver publicamente direi qual é o resultado a que foi possível chegar», disse, acrescentando que tem «tempo suficiente» para resolver a questão «com calma e serenidade», já que Paulo Macedo tem uma comissão de serviço até Maio.

O Expresso on-line noticiou no início da semana que o director-geral dos Impostos já acordou com o ministro das Finanças que vai abandonar o cargo que ocupa desde 2005, acrescentando que a decisão seria provavelmente formalizada ainda esta semana.

No mesmo dia, Teixeira dos Santos, então já em Bruxelas, garantiu que a situação se mantém como «há algumas semanas atrás», posição reafirmada hoje.

Desde que foi conhecido que a lei que impede que qualquer pessoa que ocupe um cargo no funcionalismo público não pode ganhar mais do que o primeiro-ministro (um pouco mais de 5.360.85 euros) e que, por isso, Macedo teria de reduzir o seu ordenado de mais de 23 mil euros brutos para aquele valor, tornaram-se reduzidas as possibilidades do director-geral dos Impostos continuar.

O ministro deverá ser novamente confrontado com a questão ainda hoje, já que, após intervir num debate sobre a convergência na Zona Euo, Teixeira dos Santos deixou Bruxelas rumo a Lisboa para participar à tarde na Assembleia da República num debate parlamentar sobre combate à fraude e evasão fiscal.
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