«É altura de mudar», diz Humberto Coelho - TVI

«É altura de mudar», diz Humberto Coelho

Seleccionador anuncia saída O selecionador nacional não vai continuar no cargo. Humberto anunciou hoje em Bruxelas que vai deixar a selecção no final do contrato, a 31 de Julho

Humberto Coelho tomou a decisão de não continuar na Federação. «Decidi que não serei o seleccionador. É altura para fazer uma mudança. É tempo de a Federação ter outro selecionador. Desejo as maiores felicidades a quem me suceder», afirmou Humberto, logo após a derrota de Portugal nas meias-finais do Euro-2000, frente à França. 

«Foram dois anos de trabalho intenso», recordou Humberto, antes de deixar agradecimentos para toda a gente: «à comunicação social, à Federação, aos jogadores, à restante equipa técnica...» 

O seleccionador ainda não tinha negociado com a Federação a renovação do seu actual contrato, válido até 31 de Julho. O presidente da Federação disse sempre que esse assunto seria discutido após o Europeu. Afinal, foi Humberto Coelho quem se antecipou e decidiu sair pelo próprio pé.  

Era difícil fazer melhor 

Quanto ao jogo, o ainda seleccionador admitiu que foi uma partida pouco espectacular: «Foi um bom jogo, com duas grandes equipas. Foi um jogo muito estático, muito equilibrado, sem grandes oportunidades de golo, o que acaba por ser natural numa meia-final. O jogo é mais fechado, houve grande luta, grande organização das duas equipas. É triste perder assim.» 

Mas Humberto recusou a ideia de que a equipa portuguesa tenha sido pouco ambiciosa. «Portugal entrou para ganhar. É certo que frente ao campeão do mundo tomámos todas as cautelas, fizémos o jogo possível. Era difícil fazer melhor», afirmou, lembrando que, se Portugal fez apenas três remates, «a França não teve muitos mais». 

Humberto ficou com a sensação de que a falta de Abel Xavier que deu origem ao «penalty» foi involuntária: «Não sei se a bola bateu ou não na mão, mas de qualquer maneira acho que é demasiado perto para ser marcado.» Mas, se fosse ao contrário, Humberto admite que «ficava contente». 

A reacção dos jogadores é, pra Humberto, «normal»: «Os jogadores estavam cansados. Foi um jogo e um campeonato muito intensos. A adrenalina subiu, é uma reacção normal de quem fez tudo para chegar à final. Foi uma reacção nervosa, não mais do que isso. Mas acho que ninguém tocou no árbitro.»

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