A Crimeia é uma "linha vermelha para Putin" e os Estados Unidos estão preocupados com potencial ofensiva da Ucrânia - TVI

A Crimeia é uma "linha vermelha para Putin" e os Estados Unidos estão preocupados com potencial ofensiva da Ucrânia

  • CNN Portugal
  • PF
  • 17 fev 2023, 11:11
Antony Blinken (AP)

Antony Blinken terá expressado a sua preocupação durante uma reunião secreta com especialistas

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Apesar das afirmações constantes de Democratas e Republicanos de que a Península da Crimeia é território ucraniano, os Estados Unidos parecem estar receosos de que Kiev queira tomar o território num futuro próximo.

De acordo com o Politico, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou, durante uma reunião secreta com especialistas, que uma ofensiva à península é uma “linha vermelha” para Vladimir Putin e levaria a uma resposta mais séria e abrangente da Rússia.

Duas fontes ouvidas pela publicação, sob anonimato, afirmam que os comentários de Blinken deram a entender que Washington D.C. não considera uma ofensiva à Crimeia como uma boa decisão a tomar nesta altura, embora reconheçam que o governante nunca disse essas palavras.

Outras duas fontes garantem que Blinken transmitiu apenas que os Estados Unidos não estão a pressionar a Ucrânia a retomar o território, pertencendo a tomada dessa decisão exclusivamente a Kiev.

"No geral, a mensagem é que há muita incerteza sobre a forma como as coisas irão evoluir a partir daqui, com questões reais sobre a capacidade de cada lado de registar grandes ganhos", referiu uma das pessoas ouvidas pelo Politico, que escreve que esta tomada de posição deverá frustrar os diplomatas e governantes ucranianos.

Contudo, apesar do desejo óbvio, alguns especialistas acreditam que, antes de a tentar tomar, a Ucrânia vai tentar isolar a Crimeia. “Há três pontos críticos: a ponte terrestre para a Rússia, a ponte do Estreito de Kerch e a base naval em Sevastopol. Eles devem derrubar os três. Isto deixaria muitas forças russas sem apoio adequado, sem que a Ucrânia tentasse realmente conquistar a Crimeia, e continuaria a ser um duro golpe para o esforço militar da Rússia", disse Kurt Volker, ex-enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia.

O Politico escreve que, mesmo com o fornecimento de armas por parte do Ocidente, seria bastante difícil para os ucranianos superar as defesas reforçadas da península, que contam com dezenas de milhares de soldados e inúmeros sistemas de defesa aérea e depósitos de armamento.

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