Investigadores norte-americanos conseguiram tornar mais inofensivo o vírus do Ébola, um avanço que poderá acelerar a descoberta de um tratamento ou de uma vacina, segundo um estudo publicado segunda-feira no anuário da Academia Nacional das Ciências, noticia a agência Lusa.
Os investigadores descobriram que se retirarem um gene do vírus poderão impedir que ele se desenvolva e se multiplique, o que permite tornar o estudo do vírus menos perigoso.
Entre os oito genes do vírus, o VP30 fabrica uma proteína que lhe permite desdobrar-se dentro de uma célula hospedeira. Sem o VP30, o vírus não cresce mais, explica Yoshihiro Kawaoka, professor de ciências patobiológicas da universidade de Wisconsin.
Apenas alguns laboratórios do mundo, ultra-sofisticados e extremamente seguros, conseguiram trabalhar no vírus da Ébola sem risco de provocar uma nova epidemia.
A descoberta poderá permitir a outros laboratórios estudar a versão neutralizada do vírus, aumentando as possibilidades de conseguir uma vacina ou tratamento.
O vírus da Ébola apareceu pela primeira vez em 1976 no Zaire e no Sudão.
Epidemias esporádicas terão depois propagado para o Congo, Gabão, Costa do Marfim e Uganda.
As pessoas contagiadas desenvolvem uma febre hemorrágica para a qual ainda não existe ainda tratamento e que é fatal em 50 a 90 por cento dos casos.
Ciência: investigadores travam vírus do Ébola
- Portugal Diário
- 22 jan 2008, 00:51
Trata-se de um avanço que poderá conduzir rapidamente à vacina ou ao tratamento
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