O número de casos de cólera registados em Angola nas últimas semanas já ultrapassou as sete centenas com mais de 50 mortos confirmados, disse terça-feira à agência Lusa o ministro da Saúde, Ruben Sicato.
As situações mais críticas registam-se em Luanda e nas províncias do sul de Angola, Huila, Cunene, Benguela e Kwanza-Sul.
Apesar do elevado número de vítimas do vibrião colérico, agente causador da doença, que se manifesta por intensas diarreias e vómitos dos doentes, a situação está longe da gravidade da epidemia que atingiu o país em 2006/2007.
Entre Fevereiro de 2006 e Março de 2007, Angola registou mais de 77 mil casos e cerca de três mil mortes, segundo dados oficiais.
O ministro da Saúde angolano explicou à Lusa que já se esperava um aumento dos casos de cólera em Angola com a chegada da época das chuvas, que vai de Novembro a Abril.
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«Mas não estava à espera de um número tão elevado agora, depois do que se passou há um ano atrás», apontou Sicato.
Em Setembro, o ministro tinha alertado para a possibilidade do aumento do número de contaminações, tendo, na altura, recebido «algumas críticas», mas o próprio lamenta que tenha sido fácil ter razão, devido às más condições sanitárias do país, nomeadamente no que respeita «saneamento básico» e à má qualidade da água consumida pelas populações.
«Infelizmente confirmou-se. E isso quer dizer que temos de resolver primeiro o problema do saneamento do meio, temos de dar água de boa qualidade às pessoas, para que este problema da cólera possa ser controlado com maior eficácia em Angola, onde a doença é endémica», disse.
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- Portugal Diário
- 29 jan 2008, 10:26
As situações mais críticas registam-se em Luanda e nas províncias do sul de Angola, Huila, Cunene, Benguela e Kwanza-Sul
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