Clima: EUA dizem «não são um obstáculo» - TVI

Clima: EUA dizem «não são um obstáculo»

  • Portugal Diário
  • Pedro Rosa Mendes, da agência Lusa, em Denpasar
  • 4 dez 2007, 19:40

Apesar de serem o único país desenvolvido que não ratificou o protocolo de Quioto

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A delegação norte-americana à conferência de Bali sobre Alterações Climáticas reiterou que os EUA, único país desenvolvido que não ratificou o protocolo de Quioto, «não são um obstáculo a um roteiro do clima».

Declarações políticas em Washington e explicações detalhadas da delegação americana em Bali marcaram os dois primeiros dias da 13ª Conferência Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC).

«Não estamos aqui para sermos uma barreira no caminho», insistiu o principal negociador dos EUA em política climática, Harlan L.Watson, acossado pela imprensa internacional.

As declarações da delegação americana em Bali fazem eco de uma série de posições e esclarecimentos, em diversos formatos - desde prospectos a sofisticados discos multimédia -, difundidos pelo Departamento de Estado.

O ponto comum é a concordância de princípio dos EUA para se atingir até 2009, na Dinamarca, um novo mecanismo que permita controlar as emissões globais de gases com efeito de estufa.

Isolados politicamente como o único país desenvolvido que ainda não ratificou o Protocolo de Quioto - depois de a Austrália o ter feito segunda-feira - os EUA insistem que «o actual modelo não está a resultar» e insistem no progresso tecnológico para atacar o aquecimento global.

A posição de Washington contraria, no essencial, a proposta principal da União Europeia para esta ronda da UNFCCC, que pretende abrir caminho a um acordo sobre medidas obrigatórias de redução de emissões após 2012, termo da vigência de Quioto.

«Os EUA estão empenhados em avançar negociações e desenvolver um "Roteiro de Bali" que guie as negociações para um novo regime pós-2012», explicou Harlan L.Watson, que chefia interinamente a delegação americana à 13ª UNFCCC.

«Os EUA estão a trabalhar tanto a nível interno como a nível internacional num leque de iniciativas para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, melhorar a segurança energética e reduzir a poluição atmosférica», repetem os responsáveis americanos e os documentos oficiais do Departamento de Estado.

Os EUA, explica a delegação a Bali, «investiram 37 mil milhões de dólares para desenvolver e transferir tecnologias inovadoras para reduzir emissões, permitindo ao mesmo tempo o crescimento económico».

A UNFCCC reúne-se em Bali até 14 de Novembro, concluindo com encontros ministeriais onde os tópicos apurados ao longo da primeira semana terão uma decisão política.
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