O presidente timorense continua «estável» em observação na unidade de cuidados intensivos do Hospital Real de Darwin, Norte da Austrália, e a sua situação não se alterou durante a noite, disse à agência Lusa fonte hospitalar.
A fonte precisou que o líder timorense permaneceu durante a noite e madrugada de terça-feira (hora local, tarde e noite de segunda-feira em Lisboa), sob o efeito de sedativos, depois da intervenção cirúrgica a que foi submetido, devido aos ferimentos de bala de que foi alvo no ataque à sua residência em Díli.
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«Está estável. A sua condição ainda é séria mas é estável. Não houve alterações durante a noite», disse a fonte.
Durante a manhã desta terça-feira, o Royal Darwin Hospital colocou no seu website uma declarações em áudio do director clínico do Royal Darwin Hospital, Len Notaras, onde é reafirmado que o seu estado de saúde permanece estabilizado.
Informações precisas sobre os ferimentos de José Ramos-Horta continuam a ser alvo de alguma contradição, com relatos a darem conta de que o presidente terá sido baleado duas vezes e outros a apontarem para três ferimentos de bala.
Em declarações à Lusa durante a tarde de segunda-feira, hora local em Darwin, o director do hospital de Darwin, Len Notaras, disse que José Ramos-Horta estava num estado «extremamente grave mas estável».
Len Notaras explicou à Lusa que o presidente timorense foi alvo de uma intervenção que se centrou particularmente no lado direito do tronco, onde uma das balas que o atingiu perfurou o pulmão.
«A sua condição é extremamente grave mas estável», disse frisando que os ferimentos do líder timorense «podem certamente pôr em risco a vida» e que será crucial avaliar «eventuais complicações nos próximos dias».
«A sua condição é estável e esperemos que possa fazer uma recuperação total», frisou.
Ramos-Horta chegou ao hospital de Darwin cerca das 17:30 locais (08:00 em Lisboa) com ferimentos de pelo menos duas balas, que tinham já sido previamente tratados em Díli onde recebeu 16 unidades de sangue.
À chegada a Darwin foi avaliado pela equipa clínica de emergência que o submeteu a radiografias e a um 'cat-scan' para determinar o grau dos ferimentos, tendo de seguida dado entrada no bloco operatório onde continuava cerca das 20:15 locais (10:45 em Lisboa).
«O ferimento que tem no peito é bastante grave. Inicialmente pensava-se que tinha um ferimento no abdómen mas tratou-se apenas de um espaço de exploração da equipa em Díli para analisar se tinha ou não órgãos vitais atingidos», explicou.
«Para já, e além do pulmão direito e do fornecimento de sangue para o pulmão direito, os seus restantes órgãos parecem estar intactos, o que é importante durante os próximos dois a três dias em que temos que manter atenção sobre questões de infecção e coagulação de sangue», explicou.
Segundo Notaras, uma das balas que atingiu Ramos-Horta terá entrado e saído no seu corpo, estando ainda fragmentos de outra no interior da cavidade toráxica.
Timor: Ramos-Horta permanece em coma
- Portugal Diário
- 12 fev 2008, 09:01
Presidente timorense está nos cuidados intensivos porque tem um ferimento grave
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