Filho de Bhutto já tem admiradoras na Internet

Bilawal Zardari, de 19 anos, era até há bem pouco tempo um desconhecido. O assassinato da sua mãe, Benazir Bhuttor, e a liderança do Partido Popular do Paquistão (PPP) que herdou testamento desta, atiraram o jovem para as aberturas dos programas informativos de rádios e televisões e para as manchetes dos jornais em todo o mundo. Na era da Internet, Bilawal não é alvo do interesse apenas de quem se interessa por política. No sítio Facebook, uma das maiores redes sociais da Internet, o jovem estudante de Oxford gera debate e curiosidade.

Nos grupos de discussão, as mensagens sobre o tema desdobram-se às centenas. «Não deixes o espírito de [Benazir Bhutto] morrer», pede Anum, uma das participantes. Uma outra expressa a confiança na escolha da sua mãe. «Penso que ele irá sair-se bem! Está-lhe nos genes», lê-se numa mensagem do Facebook.

Os genes de Bilawal Bhutto - o seu pai quer que ele seja conhecido agora pelo apelido da mãe - parecem agradar de forma especial às raparigas. «Lindo», «bonito», «sexy», são alguns dos adjectivos que usam para qualificá-lo.

Apesar da turbulência pela qual Bilawal passou nos últimos dias, a agitação deverá ser aliviada um pouco quando regressar ao Reino Unido, para terminar o curso de História na Universidade de Oxford. Só depois de concluída a carreira académica, o filho de Benazir Bhutto irá assumir os destinos do partido fundado pelo seu avó, Zulfikar Ali Bhutto - executado em 1979 pelo ditador paquistanês Zia ul-Haq.



No campus da universidade britânica, o filho da líder da oposição paquistanesa, que regressou ao país de um exílio voluntário, cerca de dois meses antes de ser assassinada, não andava acompanhado por seguranças, nem se fazia valer do nome de família.

De acordo com a revista Time, era conhecido como Bilawal Lawalib, sendo que o último dos nomes não é mais do que o primeiro escrito ao contrário.

Luke Tryl, presidente do grupo de debates da universidade, explicou à revista que Benazir Bhutto foi presidente desse clube, nos seus tempos de Oxford, e que o seu filho se mostrou interessado por ele. Disse que Bilawal assistiu a vários debates, descrevendo-o como um jovem empenhado e sociável.

Numa das primeiras declarações públicas, depois de ter sido apontado como sucessor da sua mãe, Bilawal expressou a vontade de seguir os seus passos citando-a. «A democracia é a maior vingança». Nos forúns do Facebook este é um dos desejos que muitos dos internautas lhe pedem que realize no seu país.