Confrontos entre polícia e manifestantes em Atenas - TVI

Confrontos entre polícia e manifestantes em Atenas

  • Élvio Carvalho
  • 15 jul 2015, 19:14

Polícia de intervenção dispersou os manifestantes que protestavam contra o acordo assinado entre credores e governo grego. Pelo menos 50 pessoas foram detidas e seis ficaram feridas

Relacionados
Manifestantes que protestavam, esta quarta-feira, contra o acordo assinado entre o governo grego e os credores europeus, envolveram-se em confrontos com a polícia em frente ao parlamento, em Atenas.

Os manifestantes arremessaram "cocktails molotov" contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogénio para dispersar a multidão.

Segundo informações da polícia, pelo menos seis pessoas ficaram feridas nos confrontos.



Os confrontos passaram depois para o parque Zappeion, onde uma carrinha de direto de uma equipa de televisão e vários caixotes do lixo foram incendiados por elementos do protesto.
 
 

Como indicou o jornalista da TVI no local, José Carlos Araújo, a manifestação foi pacífica até à chegada à praça Syntagma.

Segundo a agência Reuters, pelo menos 50 pessoas foram detidas por envolvimento nos confrontos.
 

Os protestos violentos, com confrontos com a polícia, antes comuns, têm sido raros desde que o governo liderado pelo Syriza tomou posse, em janeiro.

A manifestação (pacífica) "anti-austeridade" tinha como objetivo influenciar a votação de hoje dos deputados sobre o acordo com os credores europeus.

O parlamento grego está reunido há longas horas a tentar aprovar o plano aceite por Alexis Tsipras, mas o sistema político grego está partido, já que a maioria do comité central do Syriza assinou um documento que classifica o acordo como um “golpe de Estado” contra a Grécia.

Se for aprovado o pacote de medidas urgentes, Tsipras terá mais votos dos partidos da oposição do que do seu próprio partido.

O primeiro-ministro grego disse ontem, numa entrevista ao canal do Estado, que não acreditava no acordo que assinou, e desafiou os políticos gregos a apresentar uma alternativa. Porém Tsipras disse que ia implementar o acordo nos próximos quatro anos.
 
Continue a ler esta notícia

Relacionados