Mari Luz: 22 anos de prisão pela morte da menina - TVI

Mari Luz: 22 anos de prisão pela morte da menina

Mari Luz

Sentença foi lida no Tribunal de Huelva. Irmã de Santiago foi também condenada a nove anos como cúmplice

Relacionados
Actualizada às 15:19

Santiago del Valle foi condenado, esta sexta-feira, a 22 anos de cadeia pela morte da menina de Huelva Mari Luz Cortés e por abusos sexuais, confirmou o tribunal desta localidade espanhola, escreve a Lusa.

A Audiência Provincial de Huelva condenou ainda a irmã de Del Valle, Rosa, a nove anos de cadeia como cúmplice no crime.

Em concreto, Santiago del Valle foi condenado a 19 anos de cadeia por um delito de assassinato e a três anos mais por um delito de abuso sexual, com o agravante de incidência.

A procuradoria tinha pedido 23 anos de prisão para Del Valle e 17 de prisão para a sua irmã.

Na sentença hoje conhecida a Audiência Provincial explica que «dada a gravidade dos factos», nenhum dos dois condenados poderá solicitar qualquer comutação à pena antes de cumprirem pelo menos metade da mesma.

A sentença proíbe ainda Santiago del Valle de residir em Huelva ou de contactar com a família de Mari Luz durante 32 anos, uma imposição que no caso da sua irmã é de 19 anos.

Terão que indemnizar os pais de Mari Luz com 122 mil euros e a cada um dos irmãos da menina com outros 22 mil euros.

A sentença delibera ainda que se avance com um processo por falso testemunho contra Isabel Garcia, mulher de Santiago del Valle.

Recorde-se que dias depois de testemunhar no tribunal, Garcia disse numa polémica entrevista com a televisão espanhola Telecinco, que o seu marido tinha morto Mari Luz. Foi detida e está em liberdade condicional.

Defesas ponderam recurso

Os advogados de Santiago del Valle e da irmã Rosa estão a estudar eventuais recursos à sentença do tribunal de Huelva. A Audiência Provincial de Huelva condenou Santiago del Valle a 22 anos de cadeia pela morte da menina de Huelva Mari Luz Cortés e por abusos sexuais, tendo a irmã de Del Valle, Rosa, sido condenada a nove anos de cadeia como cúmplice no crime.

Juan López Rueda, advogado de Del Valle, disse aos jornalistas no tribunal que está convencido que o seu cliente quererá o recurso, já que durante o julgamento manifestou a sua inocência. Ao mesmo tempo, Rueda insistiu que no crime de abusos sexuais «não há provas directas, mas apenas indícios», pelo que a sentença não é adequada.

Manuel Domínguez, advogado de Rosa del Valle, também explicou que falará com a sua cliente para estudar que critérios têm antes de um possível recurso.
Continue a ler esta notícia

Relacionados