Obama vai tomar «decisões difíceis» - TVI

Obama vai tomar «decisões difíceis»

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Presidente norte-americano Barack Obama avisa que vai tomar «decisões difíceis» sobre o Afeganistão e o Iraque

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O presidente norte-americano Barack Obama preveniu quinta-feira que vai tomar «decisões difíceis» relativas às guerras no Afeganistão e no Iraque, após a primeira reunião no Pentágono com chefes militares, escreve a Lusa.

Contudo, o novo comandante em chefe não indicou se ainda pretende ordenar a retirada das tropas norte-americanas do Iraque em 16 meses, como prometeu durante a sua campanha.

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Também não evocou o envio de importantes reforços para o Afeganistão, conflito que transformou na sua prioridade.

«Vamos ter de tomar decisões difíceis relativamente ao Iraque e ao Afeganistão, dentro em breve», declarou, após uma reunião de 90 minutos com os chefes do Estado-maior dos diferentes corpos militares norte-americanos.

«Obviamente, a nossa primeira preocupação é perseguir as organizações extremistas que prejudicam o nosso país», acrescentou.

Cerca das 17:00 locais (22:00 em Lisboa), Obama saiu «do tanque», uma sala de conferências ultra-protegida, na companhia do Vice-Presidente Joe Biden, antes de apertar a mão de vários oficiais e trocar algumas palavras com eles.

Obama indicou ter tido uma conversa «maravilhosa» com os chefes do Estado-maior, com os quais se reuniu pela primeira vez, na presença do secretário da Defesa, Robert Gates, e do chefe do Estado-maior, Michael Mullen.

Os riscos

«Discutimos o Iraque e o Afeganistão. Falámos de alguns dos riscos mais gerais que possam aparecer e da coordenação entre as nossas forças armadas e os nossos serviços civis», declarou Obama.

«Também dissemos que é necessário pensar na saúde das forças armadas», esgotadas por duas guerras em que assumiram a frente de combate, acrescentou.

O seu porta-voz Robert Gibbs anunciou mais cedo que o presidente vai revelar «relativamente depressa» como pretende retirar-se do Iraque.

Saída responsável

Durante a primeira semana da sua presidência, Obama pediu aos responsáveis da defesa que planificassem uma retirada das tropas de combate do Iraque em 16 meses, de forma «responsável», sem colocar em perigo a vida dos 142.000 soldados norte-americanos estacionados no país.

O comando norte-americano no Iraque teme que uma partida demasiado rápida ameace o sucesso alcançado na área da segurança, numa altura em que o país se prepara para viver este ano vários escrutínios eleitorais.

Gates indicou que uma retirada em dezasseis meses figura entre «uma variedade de opções» em estudo, e preveniu terça-feira para um risco potencial «regressão» no Iraque.

Obama deverá aprovar em breve o envio de reforços para o Afeganistão, que considera como «a frente central da luta contra o terrorismo», e onde dezenas de milhares de soldados da NATO tentam conter uma revolta que tem vindo a ganhar força nos dois últimos anos.

O Pentágono, que já tem 36.000 soldados no local, prometeu enviar até 30.000 homens suplementares.

De acordo com Gates, Washington tem meios para enviar três brigadas (uma brigada conta entre 3.500 a 4.000 homens) «até do meio do verão».
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