Mais de 300 clandestinos em águas gregas

O polícia portuária grega rebocou este domingo, ao largo do Peloponeso (Sul), um navio mercante com 302 imigrantes clandestinos a bordo e três membros da tripulação que se encontrava em perigo, indica um comunicado do Ministério da Marinha Mercante.

Num primeiro comunicado divulgado no sábado, o Ministério havia informado que os imigrantes a bordo eram 275 e os tripulantes 15. Entre os passageiros estão 31 mulheres e 41 crianças, ainda segundo o comunicado.

Os imigrantes, a maioria dos quais em mau estado de saúde por terem estado no convés do navio «Akdag», de pavilhão turco, durante vários dias, terão embarcado das costas turcas com destino a Itália.

Foram todos examinados por médicos de um hospital local e transferidos para um centro de acolhimento de uma cidade próxima de Pyrgos. 22 deles ficaram internados por apresentarem situações de hipotermia (resfriado).

As entidades oficias gregas não revelaram qualquer dado sobre a identidade nem origem dos imigrantes, mas uma televisão privada entrevistou um homem que disse vir do Iraque. «Sou refugiado iraquiano, andámos neste barco 13 dias, a nossa aventura é inacreditável», disse o homem, que falava com um filho ao colo.

O capitão do «Akdag» emitiu sábado à tarde um sinal de perigo alertando as autoridades gregas de que o seu navio se encontrava do mar Jónio, em águas gregas e com uma avaria nas máquinas.

Na altura as más condições do mar eram particularmente difíceis, com ventos de mais de 90 quilómetros/hora tanto no mar Jónio /Oeste) como no Egeu (Leste) e uma interdição à navegação emitida pelas autoridades marítimas gregas.