China acusa Dalai Lama de boicotar olimpíadas

Pequim continua a acusar o líder espiritual do Tibete de estar por trás dos tumultos que se registam na região nos últimos dias, dizendo que o Dalai Lama é responsável por orquestrar o que é descrito como actos de «terror» e por querer boicotar os Jogos Olímpicos.

A última onda de protestos violentos começou na capital do território, Lhasa, no dia 10 de Março, data que marcou o 4º aniversário de uma revolta falhada contra a ocupação chinesa. Cinco dias depois, as autoridades chinesas entraram em força na cidade, reprimindo os manifestantes. Contudo, os distúrbios alastraram às províncias chinesas vizinhas do Tibete.

Apesar das acusações de Pequim, o Dalai Lama tem criticado duramente os protestos violentos levados a cabo por separatistas e já disse estar disposto a dialogar com as autoridades chinesas.

O líder tibetano diz não pretender a independência da China, mas reivindica uma autonomia para a região, que foi tomada militarmente em 1950.

O Dalai Lama recusa também ter qualquer intenção de boicotar as olimpíadas, que se vão realizar este Verão na capital chinesa. «Sempre apoiei que os Jogos Olímpicos se realizassem em Pequim», disse o líder tibetano.