Urdangarin: escândalo já chega à Suíça

As suspeitas começaram em Espanha e já vão na Suíça. Em causa uma rede de intermediários, a partir da qual o marido da infanta Cristina fazia a cobrança de comissões indevidas, dinheiro que estará depositado numa conta na Suíça, em nome do duque de Palma, à margem dos impostos cobrados em Espanha.

Este esquema contava, afirmam os investigadores, com a colaboração de intermediários. Um deles é identificado como sendo o diretor de uma sociedade com sede em Dublin. No entanto, a alegada fraude passaria por Madrid, por alguém encarregado da operação financeira e responsável pelas transferências para os vários beneficiários, à margem do fisco espanhol.

Em defesa própria, Urdangarin tem dito que tudo o que geriu não tinha fins lucrativos, mas segundo o relatório da agência tributária entregue ao juiz, algumas das atividades têm mesmo cariz lucrativo, apesar do estatutos dos organismos estipularem o contrário.

Além disto, ao duque de Palma a investigação aponta ainda o facto de ter assessorado várias empresas ou sociedades, tendo mediado vários negócios, participações pelas quais o marido da infanta Cristina terá cobrado comissões indevidas que depois terá tentado ocultar através de uma rede que a justiça espanhola acredita ter desmantelado.