Moçambique: malária e disenteria alastram - TVI

Moçambique: malária e disenteria alastram

  • Portugal Diário
  • 20 fev 2007, 19:48

Nas regiões atingidas pelas cheias do rio Zambeze e nos campos onde se concentram os desalojados

Doenças como a Malária, disenteria, conjuntivite e diarreia, que afectam já quase 800 pessoas, estão a alastrar nas regiões atingidas pelas cheias do rio Zambeze, no centro de Moçambique, e nos campos de acomodação onde se concentram os desalojados das inundações, escreve a Lusa.

De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), em Caia (Sofala), foram já identificados 743 casos de doença, a maior parte dos quais de malária.

O INGC refere, a propósito, que os centros de acolhimento, onde se concentram 71.106 pessoas, dispõem de serviços sanitários que prestam cuidados de saúde aos afectados, sendo os casos mais graves transferidos para o centro de saúde mais próximo.

«Preocupam-nos os centros de acomodação, particularmente no que toca ao controlo das epidemias», disse Paulo Zucula, director do INGC.

Entretanto, subiu para 120.972 o número de pessoas afectadas pelas inundações no Vale do Zambeze, numa altura em que foram dadas por concluídas as operações de resgate nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia.

Nas últimas 24 horas deram entrada no centro de desalojados de Chupanga (Sofala) 181 vítimas das cheias.

Apesar disso, cerca de 500 pessoas continuam sitiadas (embora sem correr risco de vida) em Chissamba (Zambézia), necessitando de assistência logística.

Paralelamente, uma missão conjunta de avaliação composta pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pelo INGC caracterizou como «minimamente assegurada» a assistência alimentar às vítimas das cheias.

Na sequência da avaliação, o PAM anunciou a intenção de reforçar a aquisição de alimentos para distribuição pelas vítimas das cheias (bem como da seca que, em contraste, de regista no sul do país), apelando aos doadores financiamento adicional.

Ao todo, calcula o PAM, serão precisos 9,1 milhões de euros para financiar a compra de alimentos para 900 mil pessoas até ao final de 2007.

A Direcção Nacional de Águas (DNA) registou, entretanto, um abrandamento da precipitação no interior de Moçambique e nos países vizinhos, contribuindo para uma diminuição da albufeira da barragem de Cahora Bassa.
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