Interpol: «Sempre nos saímos bem em Portugal» (vídeo) - TVI

Interpol: «Sempre nos saímos bem em Portugal» (vídeo)

Em entrevista ao IOL Música, o baterista Sam Fogarino falou sobre os concertos no nosso país, o novo disco e a saída de Carlos Dengler

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2010 foi um ano de novidades e de mudança para os Interpol. No regresso aos discos, a banda nova-iorquina decidiu dar o próprio nome ao quarto álbum de estúdio.

«Estávamos ainda bem longe de ter o disco pronto (...) e lembro-me do Paul [Banks] dizer: "O que acham do título do disco ser homónimo?". Eu achei que era uma coisa fixe, pareceu-me tão aleatório fazê-lo ao quarto disco», recordou o baterista Sam Fogarino em entrevista ao IOL Música.

«[O Paul] sentiu que não havia necessidade de dar um título ao álbum, sentiu que o disco falava por si», acrescentou.

Finalmente sem pressões

Interpol, o disco, marcou o regresso do grupo à editora independente Matador Records, três anos depois da breve aventura pela EMI. Após um merecido descanso, os Interpol voltaram aos estúdios criando o novo álbum num ambiente mais relaxado.

«Depois de fazermos o [disco de estreia] "Turn On The Bright Lights" houve sempre pressa para fazermos tudo. Acabávamos uma tournée e começávamos logo a compor material novo. E, por fim, chegámos a um ponto em que, finalmente, não havia nenhuma pressão para lançarmos um disco novo. Isso tornou todo o processo mais fácil e relaxado», explicou Fogarino.

Repetir é morrer

Das gravações no antigo estúdio de Jimi Hendrix, em Nova Iorque, resultaram canções em que a banda explorou novas sonoridades nos teclados. Treze anos após a sua formação, os Interpol querem continuar a evoluir.

«Não queremos repetir-nos e, ao mesmo tempo, queremos manter uma linha que nos identifique. Isso é um desafio enorme: tentarmos manter a nossa identidade, mas alterando-a o mais possível», afirmou o músico de 42 anos.

«Ou estás na banda ou estás fora dela»

Mas quando tudo parecia correr bem, e mesmo antes do novo álbum chegar às lojas, o baixista Carlos Dengler anunciou a sua saída. Uma contrapartida que, porém, não surpreendeu os restantes elementos do grupo.

«Nenhum de nós sabia que ele ia deixar a banda definitivamente, mas ao longo do processo de composição - a que o Carlos esteve sempre dedicado -, ele expressou o desagrado em estar numa banda. Ele não estava interessado em tocar em concertos, em sair em digressão, em voltar a desorganizar a sua vida durante mais dois anos.»

Para o baterista dos Interpol a questão é simples: «Estar numa banda é uma coisa muito exigente. Ou estás na banda ou estás fora dela».

Recepção calorosa em Coimbra

De volta à estrada, os Interpol aproveitaram a boleia generosa dos U2, assegurando a primeira parte dos concertos da gigantesca tournée da banda irlandesa pela Europa. Um desafio que os nova-iorquinos encararam de forma humilde e que teve o seu ponto alto precisamente nas duas noites em Coimbra, onde os Interpol foram recebidos calorosamente pelo público português.

«Sempre nos saímos bem em Portugal, parece que temos muitos fãs aqui. Mas estávamos a abrir para os U2... Nunca imaginássemos que fosse assim, mas até falei com o Bono mais tarde e disse-lhe: "Nos concertos em Portugal até pareceu que éramos ambos cabeças-de-cartaz em vez de sermos nós a abrirmos para vocês"», contou Fogarino.

Vê aqui o vídeo da entrevista:

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