A música serve de refresco ao calor da tarde e sabe bem ouvir agora temas como «Best Friend», «Let's Go Surfing» «Submarine» ou «I Feel Stupid». Não ficamos, contudo, convencidos de serem a tal «next big thing» musical, até porque a sonoridade transporta-nos mais para a pop britânica dos anos 80 do que para a frente. Aliás, para quem saiu da Brooklin nova-iorquina, a banda seria mais facilmente tomada por inglesa do que americana.
Vídeo The Drums:
A música anima a tenda, que já está cheia a esta hora - e ainda só são seis da tarde. Jonathan Pierce toma conta do palco usando os mesmos trejeitos de um toureiro que se faz ao touro: o corpo balança, uma dança emabalada, a dar aos ombros devagarinho. Contagiante, só de olhar.
Vídeo: Devendra Banhart
À pop dos The Drums seguiu-se a folk psicadélica e afinada de Devendra Banhart, que entrou em palco com uma saudação em português perfeito. Terá sido de muito ouvir Caetano Veloso, embora pareça que o jam em que transforma cada tema o aproxime mais da alma de um Bob Dylan [com menos instrumentos, diga-se].
Além da música, Devendra trouxe ao Alive!10 o poder da palavra cantada. Palavras de peace and love com guitarra ao fundo, que envolvem e tornam especial a sua música. O cantor de «Fooling» teletransportou-nos para o outro continente. De repente, Oeiras era United States.
O palco Super Bock arrancou com os também norte-americanos Local Natives, que começaram a aquecer a maioria jovem presente com a sua indie rock. E que, para espanto nosso, já não era novidade para boa parte dos que ali estavam. Sem surpresas, já não se descobrem bandas em palcos de festivais como dantes.