Este terá sido mesmo o pior dia em termos de assistência (estariam sequer 1000 pessoas no recinto?) num festival que parece estar a correr melhor desportivamente do que musicalmente.
Mais uma vez, a abertura do Palco Oceano foi ingrata e Takana Zion e a sua banda começaram a tocar para pouco mais de duas dezenas de pessoas. Sem brilho, o reggae africano tomou conta da primeira 1h45 desta quarta noite de concertos.
A receita não é nova e ainda assim continua a resultar com os amantes do reggae. O movimento Rastafari, Haile Selassie e a revolução dos africanos contra o opressor branco são celebrados nas letras das canções de Takana.
O fato aprumado contrastava com a cabeleira de rastas e com a energia saltitante do cantor e pregador da Guiné Conacri. Quem estava frente ao palco sabia ao que ia e festejou mais um concerto de reggae no Ocean Spirit.
Festival também sambou, mas pouco
O festival disse «até já» aos instrumentos convencionais e foi através das turn tables que o Acto 1 do Ocean Spirit encerrou. Do Rio de Janeiro vieram o DJ Marcelinho da Lua e o MC Angelo B - provavelmente à espera de mais do que as cerca de 300 pessoas que assistiram de perto ao espectáculo.
Do «obrigatório» reggae ao jungle, passando pelo samba, Marcelinho da Lua fez o que pôde para animar a festa de praia. Os corpos abanaram-se ao som de «Tranquilo» e «Ela Partiu», bem como remixes de temas como «Desabafo», de Marcelo D2, ou «Chase The Devil», de Max Romeo.
Coube aos portugueses Freshkitos dar por encerrada a primeira semana do Santa Cruz Ocean Spirit com house e techno.
O festival prossegue esta segunda, terça e quarta-feira com concertos apenas no Palco Sunset e com entrada gratuita. The Ratazanas, Kalonga and the Riddim Farmers e Emilbus animarão os próximos três dias do evento, que regressará em força na quinta-feira com os Buraka Som Sistema.