O líder do PCP defendeu esta quinta-feira a «diminuição em dez por cento da taxa geral do IRC, para 22,5%, aplicada às microempresas com um volume de negócios abaixo dos dez milhões de euros».
Em contrapartida, Jerónimo de Sousa gostaria de ver concretizado «o agravamento para 27% do IRC para empresas com lucros superior a 50 milhões de euros». O líder comunista defendeu estas propostas durante a conferência organizada pelos Técnicos Oficiais de Contas e TSF sobre as perspectivas económicas, em Lisboa.
Jerónimo de Sousa falou depois do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, em que Francisco Van Zeller referiu a possibilidade de acabar com o pagamento de IRC para empresas com facturação inferior a 500 mil euros.
Para as pequenas e médias empresas, Jerónimo de Sousa propôs também o fim do pagamento especial por conta.
Durante o seu discurso, o líder do PCP reforçou o «combate ao peso do IVA, que neste momento representa 33% da receita total, ao mesmo tempo que o IRS e o IRC representam, respectivamente, 23% e 15% da receita total».
«É preciso combater também o peso que no imposto do rendimento das famílias, o IRS, tem o imposto que pagam os trabalhadores por conta de outrem, cerca de 80%», disse Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do partido não abandonou a sala sem fazer um duro ataque ao sector da banca, onde exigiu a garantia mínima de 20% de IRC, ao mesmo tempo que criticou os benefícios fiscais adquiridos pelo sector que «representam 7,6% das receitas fiscais totais arrecadadas em 2008»).
Comunistas querem menos IRC para quem facture dez milhões
- Ana Rita Leça
- 10 set 2009, 13:37
Líder comunista falou após discurso de Van Zeller que defendeu o fim do pagamento deste imposto para empresas com lucros abaixo dos 500 mil
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