Portagens na Via do Infante: «Ideia do PSD»

O ministro das Obras Públicas reiterou este domingo que não está prevista a introdução de portagens na Via Infante (A22) e disse que quem defende essa opção é a direcção do PSD e «não o Governo do Partido Socialista», noticia a agência Lusa.

«Quem defende a introdução de portagens na Via Infante é a direcção do PSD», afirmou Mário Lino, acrescentando que o mesmo se passa na auto-estrada transmontana e na SCUT da Beira Interior (sem custos para o utilizador).

Mário Lino falava aos jornalistas à margem da sessão de lançamento do concurso para a concessão «Algarve Litoral», que vem requalificar a Estrada Nacional 125, uma das mais mortíferas do país, e que atravessa toda a região do Algarve.

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O ministro reafirmou que não está em «nenhuma intenção do Governo» introduzir portagens na Via Infante, já que essa opção não consta dos «seus propósitos», nem do seu programa. «Já disse isso muitas vezes e reafirmo», salientou, dizendo que a política do Governo acerca do assunto já está definida.

Obras da EN 125 prontas em 2010

Na cerimónia, o primeiro-ministro revelou que a requalificação da Estrada Nacional 125 deverá estar concluída em 2010, no âmbito de um projecto que prevê uma intervenção global e inclui, pela primeira vez, preocupações paisagísticas.

«É a primeira vez que se assume a requalificação de uma estrada não como estratégia de tapar buracos ou intervenções pontuais e desgarradas», sublinhou José Sócrates na sessão de lançamento do concurso para a concessão «Algarve Litoral», que vai requalificar toda aquela estrada.

Tendo como pano de fundo a EN125, entre Portimão e Lagos, o governante anunciou que a obra deverá ser adjudicada até ao final de 2008, prevendo-se que nos dois anos seguintes se proceda à construção e execução. Salientando o facto de se fazer uma «intervenção articulada» ao mesmo tempo no Barlavento e Sotavento, José Sócrates disse que uma das principais motivações da obra é a de salvar vidas.

Por outro lado, frisou, como principal região turística do país, o Algarve não pode ter «padrões rodoviários no limiar inferior ao que exigem hoje os padrões turísticos da região». Outra das novidades na concessão «Algarve litoral» é o facto de a obra incluir intervenções urbanísticas, havendo uma preocupação paisagística, que incluiu a retirada de anúncios publicitários da via.