BPN: «Não sei que interesses o senhor deputado quer proteger» - TVI

BPN: «Não sei que interesses o senhor deputado quer proteger»

Ministro das Finanças

Ministro das Finanças e líder do PSD trocam acusações sobre a nacionalização

Relacionados
O líder parlamentar do PSD e o ministro das Finanças trocaram esta quarta-feira acusações de protecção de interesses escondidos na defesa da lei das nacionalizações, durante o debate sobre a nacionalização do BPN e a recapitalização do sistema financeiro, refere a Lusa.

Depois do líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, ter dito que houve falhas na regulação do caso do BPN, o ministro das Finanças deu uma resposta que gerou fortes protestos dos sociais-democratas.

«Não sei que interesses é que o senhor deputado quer proteger ao falar em falha de regulação», afirmou o ministro Fernando Teixeira dos Santos.

Em resposta, Paulo Rangel disse que o PSD não admitiria «qualquer tipo de insinuação» como aquela feita pelo ministro, exigindo um pedido de desculpas por parte de Teixeira dos Santos.

Teixeira dos Santos negou ter levantado qualquer insinuação mas estranhou a posição do PSD, pelo facto de os sociais-democratas não terem proferido «uma palavra de preocupação para com os depositantes e para com a estabilidade do sistema financeiro».

«Tornou-se evidente que há uma agenda que o Governo quer proteger com esta nacionalização [do BPN]», referiu Paulo Rangel, acusando o Executivo de estar a «esconder a falha completa da regulação e a intervenção não atempada do governo» no caso do BPN.

«Se há alguém que não quer que se esclareça tudo é o grupo parlamentar do PS», afirmou o deputado social-democrata, referindo-se à rejeição decidida terça-feira pelos socialistas de uma proposta para ouvir antigos administradores do BPN e o seu actual responsável, Miguel Cadilhe.

O líder parlamentar do PSD disse ainda recear que a nacionalização do BPN «não permita que as investigações sejam conduzidas até ao fim».

Teixeira dos Santos disse que o Banco de Portugal «adoptou os processos de contra-ordenação que tinha de adoptar e fez a denúncia à Procuradoria Geral da República».
Continue a ler esta notícia

Relacionados