Fontão «perplexo» com acusação

Fontão de Carvalho, ex-vereador de Carmona Rodrigues, disse em declarações à SIC Notícias «estar de consciência tranquila» e «perplexo com a decisão». Anunciou ainda que vai «pedir abertura de instrução» do processo «para saber os factos que lhe estão imputados».

Esta quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que foi deduzida acusação contra seis arguidos do processo Bragaparques, incluindo o ex-presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues e os antigos vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão.

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Gabriela Seara está «triste», mas «satisfeita»

O ex-vereador considera «estranhos» alguns factos em todo o processo. «Começámos com corrupção e agora temos prevaricação», afirma. Um crime que pressupõe «haver alguém beneficiado, mas que, neste caso, não foi acusado».

«Levaram o meu portátil»

Numa das buscas domiciliárias efectuadas durante a investigação, Fontão de Carvalho recorda que lhe levaram «o portátil pessoal, que está apreendido há mais de um ano».

Sobre a não acusação de Gabriela Seara, o ex-vereador independente está «contente». «Ela nem tinha nenhum cargo público. Era chefe de gabinete do Professor Carmona Rodrigues», lembra.

Em seguida acrescenta, que Gabriela Seara foi uma das pessoas mais afectadas pela situação: «Foi a primeira a demitir-se e, agora, nem sequer foi acusada».

Fazer política tem um «preço elevado»

Para Fontão de Carvalho «o preço que se paga quando se faz política é muito elevado». O ex-vereador vai mais longe e considera que «o país não está preparado para ter independentes em cargos desta responsabilidade». Cargos quase sempre «dominados por partidos».

Sem afirmar claramente que houve «intenções» em todo este caso, acredita que «por não defenderem partidos, há fragilidades nos independentes».