Bragaparques: CML «não comenta» - TVI

Bragaparques: CML «não comenta»

Câmara de Lisboa (arquivo)

Presidente da autarquia e vereadores não falam sobre acusação a Carmona

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A acusação contra Carmona Rodrigues, actual vereador da Câmara Municipal de Lisboa e ex-presidente da mesma, no processo Parque Mayer/Feira Popular acabou por dominar as atenções, esta quarta-feira à tarde, na autarquia da capital. No entanto, quase todos os vereador, tal como o actual edil camarário, António Costa, não se quiseram pronunciar sobre o assunto.

Apenas Sá Fernandes, vereador independente eleito pelo Bloco de Esquerda comentou a acusação tornada pública, esta quarta-feira, contra Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão.

Lembrando o pressuposto de que «todos têm o direito de presunção de inocência até prova contrária», o vereador do BE considera que a acusação vem de encontro às acusações de «negócio ruinoso» que sempre fez sobre o acordo entre a CML e a Bragaparques.

Carmona diz-se «tranquilo»

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No entanto, José Sá Fernandes insiste que a antiga vereação tem «responsabilidades políticas no caso» e mantém «essa acusação». Já as responsabilidades criminais serão encontradas pela justiça. O vereador também não exige que Carmona Rodrigues suspenda o mandato.

Decisão Judicial

António Costa, o actual presidente da CML, preferiu não comentar «decisões judiciais», mas do ponte de vista pessoal assumiu que «lamentava» a situação. Quanto à possibilidade de Carmona Rodrigues suspender o mandato respondeu apenas que «todos gozamos de presunção de inocência».

António Proa, pelo PSD considerou que se está «perante o caminho natural dos processos. Que finalmente estão a ser julgados no local certo, pelas pessoas certas». O vereador social-democrata espera apenas que a justiça seja rápida para que terminem todas as «dúvidas que persistem».

«Não era vereadora»

Helena Roseta também não quis falar sobre a acusação alegando que «não era vereadora» à época e «não seguiu o processo».

Também o PCP, através de Carlos Moura, defendeu que «não se pode comentar decisões sem se ter na posse todos os dados». Em seguida relembrou que para o partido que representa o negócio feito entre a CML e a Bragaparques «é nulo».

O fim do negócio?

No próximo dia 24 de Janeiro a CML vai ter de ir a tribunal pronunciar-se sobre a sua posição no âmbito deste processo. José Sá Fernandes moveu uma acção judicial contra a autarquia e contra a EPUL, que terá a primeira sessão na próxima semana.

Os advogados do município contactaram, entretanto, António Costa para saberem como se posiciona a CML no processo. O edil decidiu agendar uma reunião de câmara para o próximo dia 23, onde vai colocar a pergunta a toda a vereação.

Sá Fernandes não vai estar presente, por ser parte interessada da acção, mas espera que o negócio seja «anulado».
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