BPN: Dias Loureiro pede para ser ouvido - TVI

BPN: Dias Loureiro pede para ser ouvido

Tomada de posse dos novos membros do Conselho de Estado

No âmbito das irregularidades detectadas no Banco. Ex-ministro foi administrador

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O ex-ministro da Administração Interna, Dias Loureiro, enviou uma carta à Assembleia da República, onde pede para ser ouvido no âmbito das irregularidades detectadas no Banco Português de Negócios (BPN), noticia a Lusa.

O pedido foi dirigido ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que o encaminhou para a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, que agora terá de o apreciar, confirmou à Lusa, o presidente desta comissão, Jorge Neto.

Dias Loureiro foi administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do BPN, entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005.

Recentemente, o PS chumbou um pedido do Bloco de Esquerda, onde solicitava a audição de vários ex-gestores (entre eles Dias Loureiro) e de Miguel Cadilhe, o presidente à data da nacionalização do banco.

Cavaco não vê razões para desconfiar

Cavaco Silva afirmou esta sexta-feiraque não vê razões para se questionar a continuação no Conselho de Estado de Manuel Dias Loureiro. «Não posso fazer qualquer afirmação sobre um assunto que não conheço suficientemente. Não vejo sequer razão até para me ser feita essa pergunta», afirmou Cavaco Silva depois de ter sido questionado sobre se mantém a confiança em Dias Loureiro como conselheiro de Estado por o seu nome aparecer associado ao caso BPN.

A 03 de Novembro, dias depois da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), o antigo ministro e ex-secretário-geral do PSD Dias Loureiro garantiu à Agência Lusa desconhecer quaisquer irregularidades que tenham sido cometidas pela anterior gestão do banco.

«Não sei de nada sobre a nacionalização do Banco Português de Negócios, nem nunca tive conhecimento de problemas relacionados com o BPN», garantiu ex-administrador da holding que controla o Banco Português de Negócios.

Segundo o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, a anterior gestão do BPN, liderada por Oliveira e Costa, fez «um conjunto vasto de operações clandestinas que não estavam registadas em nenhuma entidade do grupo» envolvendo «centenas de milhões de euros».
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