«Paulinho» em Aveiro à conquista do segundo deputado - TVI

«Paulinho» em Aveiro à conquista do segundo deputado

Arruada do CDS

Com pouca gente na rua, o líder do CDS fez campanha em cafés e restaurantes e até ouviu incentivos das janelas: «É o maior. Força camarada»

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Esta quinta-feira Portas jogou em casa, que é como quem diz, fez campanha no distrito pelo qual foi eleito. Primeiro visitou algumas empresas. Depois saiu à rua para cumprimentar os aveirenses.

A arruada arrancou às 13 horas, hora de almoço, portanto. Mas o modelo que já tinha sido testado e aprovado no Porto e em Coimbra, não resultou tão bem em Aveiro. Ao contrário do que aconteceu nas outras duas acções, eram poucos os que estavam no caminho percorrido pelo líder do CDS.

Já diz o ditado: «Se Maomé não vai à montanha . ..» Habituado a estas andanças, Portas não foi de modas e resolveu ir de encontro aos aveirenses mesmo quando eles estavam a almoçar. Anunciado pela sonora banda que contava com uma concertina, dois saxofones, um tambor e uma flauta, o líder do CDS irrompia pelos cafés e restaurantes para cumprimentar que lá estava.

Na primeira paragem, uma surpresa. Depois de receber um beijinho, uma aveirense quis ficar com uma recordação mais palpável do encontro com Paulo Portas e por isso pediu-lhe um autógrafo. Depois de várias campanhas, este já não seria um pedido inusitado, caso o papel que lhe estenderam não tivesse sido uma nota. Portas hesitou, pediu outro suporte para o autógrafo, mas a senhora insistiu e, não querendo desagradar o eleitorado, o líder do CDS assinou mesmo a nota de 10 euros, que a aveirense prometeu não gastar. «Que isto signifique que a nossa economia vai melhorar», disse-lhe Portas.



De volta à rua. Mais uns beijinhos e alguns cumprimentos. Portas vira à direita, à esquerda, atravessa a rua, deixando por vezes desorientados os (poucos) militantes e os (muitos) jornalistas que o tentavam acompanhar. «Ele é muito difícil de acompanhar», ouvia-se de vez em quando baixinho. Mas Portas não se importava e continuava na mesma toada.

A banda anunciava a passagem e trazia muitas pessoas à janela. «Oh Paulinho», chamavam duas senhoras lá de cima. Portas olhou para cima, acenou, e sorridente atirou um beijo. A cena acabaria por ser repetir mais algumas vezes. Uma senhora até trouxe o cão à janela. E outra, de um andar mais alto, gritava tanto que toda a rua ouviu: «Ó Portas, é o maior. Vou votar em si». Incentivada pelos sorrisos de aprovação dA comitiva, voltou a assomar à janela dizendo: «Força camarada, força».

«Isto está a correr muito bem

Portas sorria satisfeito e lembrava que no distrito se luta pelo segundo deputado, que em 2005 não foi eleito por pouco. «Em Aveiro as pessoas conhecem melhor do que em qualquer outro lugar o projecto do CDS e a forma de trabalhar, sempre fomos um grande partido nesta cidade», disse.

«Conheço este distrito de lés a lés, as pessoas tratam-me pelo meu nome próprio», disse ainda.

Mas a confiança no bom resultado não se resume ao distrito. «Isto está a correr muito bem. Há muita gente que quer democraticamente castigar o PS porque não governou bem. Há pessoas que não estão entusiasmadas com o PSD. O CDS vai acabar com a maioria absoluta».

E a meta de ser a terceira força política mantém-se. «É importante que o CDS fique à frente do PCP e do BE porque a economia precisa de confiança e não avança com partidos que não gostam da iniciativa privada. O país tem um problema de insegurança e isso não é compatível com visões líricas da esquerda».

Já no final, o líder do CDS-PP apresentou a número três na lista por Aveiro, Leontina Novo, que concorre à câmara municipal de Oliveira do Bairro. «Lá só há CDS, PSD e vaquinhas. Não há mais nada. A esquerda é o PSD. Devia ser assim sempre», disse Paulo Portas.
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