Violência não preocupa ministra. O leitor concorda? - TVI

Violência não preocupa ministra. O leitor concorda?

Ministra da Educação dá explicações no Parlamento (Manuel de Almeida/Lusa)

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A ministra da Educação considera que a «a escola portuguesa é um espaço seguro» e que não existem razões para «preocupação excessiva» sobre a violência e indisciplina por parte de alguns alunos.

Na entrevista que deu ao semanário Sol, na semana passada, o Procurador-geral da República mostrou-se preocupado com a violência nas instituições de ensino. «A sensação de impunidade tem de acabar. Um miúdo de 15 ou 16 anos que exerce violência sobre o colega ou professor e que a directora, porque tem medo, não participa às autoridades é uma situação tremenda».

No final da apresentação dos resultados escolares do ensino secundário, a ministra da Educação foi instada a reagir a estas declarações por parte dos jornalistas. «Como é que vejo? Com a serenidade com que encaro as outras preocupações que são manifestadas pela sociedade portuguesa», disse Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando: «Neste caso penso que o senhor procurador faz eco das suas preocupações, mas aquilo que eu gostava de dizer em matéria de violência e indisciplina nas escolas é que não temos nenhuma razão para nos preocupar excessivamente».

A ministra disse ainda que o Governo está «atento» a estas situações, e que existem «medidas e iniciativas que permitem melhorar o ambiente de indisciplina e diminuir os casos de violência que ainda ocorrem».

Maria de Lurdes Rodrigues não quis deixar de sublinhar: «Gostava de deixar uma palavra de confiança. A escola portuguesa é um espaço seguro para as nossas crianças».

Questionada se há escolas que estão entregues a alunos mais violentos, como sugeriu o PGR, a ministra recusou esta visão de forma taxativa. «De maneira nenhuma. Isso é uma caricatura».

O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, reiterou esta tarde na Assembleia da República a prioridade na prevenção da violência nas escolas, sublinhando a importância de não criar uma sensação de impunidade nos jovens.

«Misturas explosivas» nas escolas

Em declarações ao PortugalDiário, João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), sublinha que «qualquer situação de violência e indisciplina é preocupante. É evidente que se compararmos com os Estados Unidos, em Portugal a violência é menos, mas isso não é razão para tapar estas realidades, porque eles são visíveis e as escolas e os professores têm de lidar com elas».

Quanto a escolas «entregues» a alunos violentos, este dirigente sindical lembra que o próprio «ordenamento urbanístico cria muitas vezes misturas explosivas. Não vale a pena fazer de conta que isso não existe, porque é claro que existem».

E o leitor? Concorda com a ministra da Educação ou considera que a preocupação do Procurador-Geral da República é legítima?
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