PS fala em «nova fase de relacionamento» com PSD - TVI

PS fala em «nova fase de relacionamento» com PSD

Assembleia da República

Francisco Assis comentou assim encontro entre José Sócrates e Passos Coelho

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O líder parlamentar socialista, Francisco Assis, considerou esta quinta-feira que o encontro de quarta-feira entre o primeiro-ministro e o presidente do PSD pode «inaugurar uma nova fase de relacionamento» entre Governo e partidos, apelando ao «sentido de responsabilidade», noticia a Lusa.

A reunião entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho para discutir medidas para reduzir o défice orçamental «pode inaugurar uma nova fase de relacionamento institucional e político no actual quadro parlamentar, que também deverá ter tradução nas relações no plano parlamentar, entre os dois grupos parlamentares [PS e PSD] e entre o Governo e os grupos parlamentares», considerou o líder socialista, Francisco Assis, no final da reunião da sua bancada.

Assis apontou que «é possível estabelecer um diálogo sério e produtivo entre o maior partido e o maior partido da oposição», mas salientou que o diálogo «não se deve esgotar» entre PS e PSD, insistindo que os socialistas estão «disponíveis para estabelecer esse diálogo com todos os demais grupos parlamentares».

«Temos muitas medidas que têm de ser adoptadas nos próximos meses para fazer face a esta situação e para garantir que Portugal vai cumprir aquilo que se propôs em matéria de controlo do défice orçamental nos próximos anos e é bom que haja este permanente diálogo entre todos os partidos e muito em particular entre o PS e o PSD», destacou Francisco Assis, rejeitando a ideia de uma união entre os dois partidos.

Para o líder socialista, as divergências entre PS e PSD «devem manifestar-se», mas, sublinhou, «há momentos em que deve haver algum sentido de compromisso» e possibilitar algumas convergências.

«Numa altura particularmente crítica da vida europeia e nacional, é importante apelar a um sentido de compromisso. Ele está a prevalecer e deve ter manifestações no próprio quadro parlamentar», sustentou.

Pinhal Interior

Questionado sobre o projecto do empreendimento rodoviário do Pinhal Interior, no valor de 1.429 milhões de euros, hoje noticiado pelo jornal «Público», Assis reiterou que «é prematuro dizer já se se deve ou não fazer cortes e que tipo de cortes» no investimento público, salientando que as grandes obras públicas são necessárias «para promover o crescimento da economia portuguesa e para dotar o país de infra-estruturas fundamentais para aumentar a sua capacidade de atracção de investimento».

«Temos de combater o défice, estão a ser tomadas medidas duras e exigentes para combater o problema do défice e do endividamento, mas não podemos pôr em causa o crescimento da economia», sustentou.
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