Demissão de Gaspar é «pesadíssima derrota» para executivo - TVI

Demissão de Gaspar é «pesadíssima derrota» para executivo

«Maria Luís Albuquerque é hoje é a primeira ministra das Finanças que antes mesmo de o ser já tinha feito o suficiente para ser demitida»

Maria Luís Albuquerque é hoje é a primeira ministra das Finanças que antes mesmo de o ser já feito o suficiente para ser demitida do cargo», diz João Semedo

Relacionados
O BE defendeu esta segunda-feira que a demissão de Vítor Gaspar de ministro das Finanças é «uma pesadíssima derrota» e marca «o final» do Governo e que a escolha de Maria Luís Albuquerque traduz um «enorme esgotamento político».

Numa declaração aos jornalistas no Parlamento, o coordenador do BE, João Semedo, associou a demissão de Gaspar «à luta e à greve dos professores» e à greve geral da semana passada.

«Esta luta continuará enquanto persistir a política de austeridade e enquanto houver governo de Pedro Passos Coelho», assegurou o líder bloquista.

O líder do BE considerou que a carta de Gaspar é «de um derrotado e de um homem que deixou de acreditar na política que defendeu tão convictamente e tão empenhadamente nos últimos dois anos».

«Para o BE, a demissão de Vítor Gaspar de ministro das Finanças, o mais forte ministro deste Governo, é uma pesadíssima derrota da política do Governo de Pedro Passos Coelho e da sua política de austeridade, de recessão e de desemprego», acentuou.

João Semedo referiu que a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças indicia que «Pedro Passos Coelho se prepara para a continuação da política de austeridade, desemprego e recessão», mas também «um enorme esgotamento político do Governo».

Neste contexto, o coordenador da Comissão Política do BE afirmou que a até agora secretária de Estado do Tesouro não tem condições para assumir a nova função.

«Maria Luís Albuquerque é hoje a primeira ministra das Finanças que antes mesmo de o ser já tinha feito o suficiente para ser demitida. Eu quero recordar as palavras de Vítor Gaspar, que diz que é preciso credibilidade e confiança. Credibilidade e confiança, vejam bem de quem Pedro Passos Coelho se foi lembrar», ironizou o bloquista.

Para João Semedo, esta remodelação mostra que «o Governo está mais fraco, está mais perto do fim».

«O dia em que [o Governo] começou os seus briefings, o primeiro dia dos seus briefings, ficará para sempre como o primeiro dia do seu final, o Governo está morto, falta apenas marcar a data do funeral», declarou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados