Faro: ministro desvaloriza caos nas urgências - TVI

Faro: ministro desvaloriza caos nas urgências

  • Portugal Diário
  • 15 jan 2008, 18:30
Correia Campos visitou Hospital do Montijo (PAULO CARRICO / LUSA)

E justifica por que não aceitou demissões de 19 médicos

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O ministro da Saúde afirmou esta terça-feira que as demissões dos médicos do Hospital de Faro não foram aceites porque acredita nas suas «capacidades» e admitiu que possa ter havido descontentamento com soluções definidas a curto prazo, escreve a Lusa.

À margem da comemoração do 15º aniversário da Autoridade do Medicamento Nacional (Infarmed), Correia de Campos assumiu que pode haver situações em Faro que levem tempo a solucionar e negou que a procura daqueles serviços de urgência tenha aumentado.

O governante informou que a urgência geral foi procurada em 2005 por 85,600 mil utentes, em 2006 por 85,900 e em 2007 baixou para 82,970.

Quanto a camas para cuidados continuados, anteriormente denominadas de rectaguarda, Correia de Campos informou que existem actualmente 190 e que não houve qualquer retrocesso nesses números.



Faro: já há plano para resolver caos nas urgências

Demissão em bloco no Hospital de Faro



Demissão em bloco

Há dois meses, a 2 de Novembro, um grupo de 19 médicos do Hospital de Faro apresentou a sua demissão em bloco como forma de protesto contra as condições a que são sujeitos os doentes que recorrem ao Serviço de Urgência no Hospital de Faro.

Na carta de demissão, os profissionais denunciam as condições «degradantes» em que se encontram os doentes nos corredores daquele serviço e o risco de infecção hospitalar a que estão sujeitos devido à proximidade física entre si.

O Hospital Central de Faro anunciou, há poucos dias, que ia iniciar em breve um processo de «reestruturação», «ampliação» e «reorganização» do seu Serviço de Urgências, com vista a acelerar o atendimento.

Esta terça-feira, Correia de Campos referiu ainda que na próxima semana deverá ser anunciado o início da construção do novo hospital de Cascais, referindo que a conclusão e não irá exceder os 24 meses e que dentro de «um a dois meses» será lançado o concurso para o novo Hospital Central do Algarve.

Picos de afluência

O ministro aproveitou para desvalorizar as informações publicamente divulgadas sobre uma procura excessiva das urgências, referindo «razões especiais» como o clima ou os períodos festivos que diminuíram a capacidade de resposta dos centros de saúde.

«Há que ter em conta a sazonalidade e que o frio pode provocar mais gripes. Também devido aos períodos do Natal e Ano Novo pode ter havido dias em que a capacidade de resposta dos centros de saúde ficasse reduzida e as pessoas tenham tido necessidade de recorrer às urgências nos primeiros dias do ano», adiantou Correia de Campos.

O responsável lembrou ainda que há picos de afluência a urgências, nomeadamente nas segundas-feiras.
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