Mau tempo em Lisboa: «culpa» da autarquia

Depois das inundações de hoje em Lisboa, o CDS questionou as medidas preventivas da autarquia para o fim de semana e o PSD defende a implementação ¿urgente¿ do Plano Geral de Drenagem da cidade.

Em comunicado, o PSD acusa a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de «não considerar as obras no saneamento de Lisboa uma prioridade», sendo, por isso, «responsável pela manutenção da actual situação de inundações na cidade».

A oposição social-democrata recorda que o Plano Geral de Drenagem de Lisboa, pedido em 2006, quando a autarquia era liderada pelo PSD, está concluído desde 2008.

O diploma pretende «prevenir os problemas das inundações recorrentes em várias zonas da cidade e prevê obras profundas na rede de saneamento de Lisboa, que incluem a construção de bacias de retenção, o aumento da capacidade dos colectores e a renovação da rede existente».

O PSD recorda ainda que o actual presidente da CML, António Costa, prometeu avançar com o plano no início de 2010, mas «o que se verifica, quando o ano está a terminar, é que as prometidas obras na rede de saneamento continuam por iniciar».

Também o CDS, perante as inundações, que «causaram estragos elevados em toda a cidade», questiona se a autarquia de António Costa tomou ou não «todas as medidas necessárias para, durante a época das chuvas, se evitar a repetição de situações como as que hoje ocorreram».

João Gonçalves Pereira, presidente da concelhia do CDS de Lisboa, exige explicações ao executivo camarário: «Como é que é possível que, logo no primeiro dia de chuva em Lisboa, a cidade fique um absoluto caos: vias alagadas e intransitáveis, trânsito caótico, viaturas avariadas e danificadas e um pouco por toda a cidade as ruas transformaram-se em ribeiros, as avenidas em rios, e as praças em lagos de lama e chuva?».

Por isso, o CDS quer saber «que medidas ordinárias foram tomadas para acautelar o efeito e a acção das chuvas, nomeadamente em termos de limpeza de sarjetas» e «que medidas extraordinárias foram tomadas pela CML depois de os Serviços de Protecção Civil terem anunciado o estado de alerta laranja em Lisboa».