A candidatura de Miguel Pinto Luz à liderança do PSD foi formalizada nesta segunda-feira pelo seu diretor de campanha, José Matos Rosa, na ausência do candidato, com a entrega de cerca de 2.800 assinaturas na sede nacional do partido.
Em declarações aos jornalistas, Matos Rosa relativizou a ausência do candidato e autarca da câmara de Cascais, afirmando apenas que Pinto Luz “anda no terreno, está em contacto com todos os militantes”.
Miguel Pinto Luz protagoniza uma das três candidaturas à liderança social-democrata nas diretas de 11 de janeiro e foi a última a entregar o dossier com as assinaturas e moção de estratégia global, depois do atual presidente, Rui Rio, já o ter feito na sexta-feira e de Luís Montenegro, antigo líder parlamentar, hoje a meio da manhã.
A moção de estratégia, que deverá ser apresentada no sábado, é “uma proposta social-democrata, à PSD” que assenta nos “ideais e nos princípios” do partido, “o PPD/PSD”, na descrição do antigo secretário-geral do partido.
Matos Rosa acredita nas possibilidades de vitória de Pinto Luz, que é uma candidatura “inclusiva, agregadora”, e recusa, para já, comentar cenários de segundas voltas ou especular sobre quem poderia o autarca de Cascais apoiar, Rio ou Montenegro.
“Os militantes dirão. Nós estamos preparados para ganhar”, disse, ao lado de Vasco Rato.
Na ausência do candidato a presidente do partido, Matos Rosa fez um balanço “muito positivo” dos contactos feitos com os militantes nas últimas semanas e, aos jornalistas, repetiu o que respondeu aos votos de “boa sorte” do presidente do conselho de jurisdição nacional, Nunes Liberato, que recebeu o “dossier” com a candidatura.
“A sorte desta candidatura é a sorte do PSD”, disse.
As eleições diretas do PSD realizam-se em 11 de janeiro. São candidatos à liderança o atual presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
Se nenhum deles obtiver mais de 50% dos votos, disputa-se a segunda volta, uma semana depois.
Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas diretas para escolher o próximo presidente, segundo dados provisórios disponibilizados no site do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais, em 22 de dezembro.